terça-feira, 8 de julho de 2025
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
Dia 14/11: Dia Mundial do Diabetes
Dia 14/11 foi o Dia Mundial do Diabetes.
A atividade física é uma ferramenta importantíssima no manejo da doença, tanto no Tipo I (insulino-dependente) quanto no Tipo II (não insulino-dependente). O diabetes reduz a expectativa de vida entre 5-10 anos e aumenta o risco de doença coronariana em 2-4 vezes.
O exercício físico atua diretamente na resistência à insulina, no controle da glicemia e em doenças relacionadas (como hipertensão arterial).
Por exemplo, nessa revisão sistemática de 2013 (Yang e cols) demonstrou que tanto o treino resistido (musculação) como o treino aeróbico ajudaram a controlar a glicemia.
Diabéticos apresentam disfunção do controle autonômico cardíaco (controle de estímulos simpático e parassimpático).
Um estudo mais recente, de Bellavere e cols (2018), demonstrou que o controle autonômico melhora tanto com o treino aeróbico quanto com o resistido. E parece que o treino aeróbico possui maior influência na função dos barorreceptores (sensores de pressão, localizados nas paredes do seio carotídeo e do arco aórtico).
Na revisão de Karstoft e Pedersen (2016), o exercício parece uma ferramenta anti-inflamatória natural e potente contra a desregulação metabólica e inflamação crônica presente em diabéticos.
Ha evidências sugerindo que interleucina (IL)-1β está envolvida com lesões nas células β pancreáticas, enquanto o fator de necrose tumoral alfa (TNF)-α parece ser a molécula chave na resistência à insulina. Estudos em humanos sugerem que elevações moderadas na interleucina (IL)-6, provocadas pelo exercício, exerce efeitos anti-inflamatórios como um inibidor da TNF-α e estimulando a IL-1ra (receptor antagonista da IL-1), limitando a sinalização da IL-1β. Adicionalmente, a IL-6 impacta diretamente o metabolismo da glicose e dos lipídios.
Portanto, o indivíduo ser diabético é mais um motivo para realização de atividades físicas, não sedentarismo.
Referências
F Bellavere, V Cacciatori, E Bacchi, M L Gemma, D Raimondo, C Negri, K Thomaseth, M Muggeo, E Bonora, P Moghetti. Effects of aerobic or resistance exercise training on cardiovascular autonomic function of subjects with type 2 diabetes: a pilot study Nutrition, Metabolism and Cardiovascular Diseases (2018), doi: 10.1016/j.numecd.2017.12.008.
Kristian Karstoft, Bente Klarlund Pedersen. Exercise and type 2 diabetes: focus on metabolism and inflammation. Immunol Cell Biol . 2016 Feb;94(2):146-50. doi: 10.1038/icb.2015.101.
Zuyao Yang, Catherine A Scott, Chen Mao, Jinling Tang, Andrew J Farmer. Resistance exercise versus aerobic exercise for type 2 diabetes: a systematic review and meta-analysis Sports Med . 2014 Apr;44(4):487-99. doi: 10.1007/s40279-013-0128-8.
quarta-feira, 21 de outubro de 2020
Smart watches são precisos?
Nas redes sociais, vemos muitas pessoas postando orgulhosas o gasto calórico contabilizado pelos “smart watches”. Mas será que essas medidas são comparáveis ao “padrão ouro”? O “valor atribuído” ao produto é sedutor. Vamos ver o que um dos estudos tem a dizer?
Esse trabalho analisou vários produtos: Apple Watch Series 2, Fitbit Blaze, Fitbit Charge 2, Polar H7, Polar A360, Garmin Vivosmart HR, TomTom Touch e Bose SoundSport Pulse (BSP). O interessante foi que analisaram em duas situações: ciclismo e treino resistido (musculação).
Nesse momento, vou focar os resultados no Polar H7 (PH7) e no Apple Watch Series 2 (AWS2).
Com relação à Frequência cardíaca, ambos possuem uma boa precisão. Somente em frequências muito altas que há subestimam um pouco.
O problema está no gasto energético. Em exercícios contínuos, como o ciclismo, alguns monitores mais subestimam do que superestimam. Mas o Polar parece mais superestimar e o Apple Watch se mostrou o que mais superestima.
No treino resistido, todos predominantemente superestimaram, sendo que o Apple foi o que mais superestimou.
O problema não está no aparelho. Ele mede a frequência cardíaca até de forma precisa, mas a partir dela utiliza uma regressão para estimar o gasto calórico. Em repouso até funciona, mas durante o exercício os erros são gritantes.
Então, lamento dizer, mas seu treino de 30 minutos de musculação não consumiu mais de 1000 calorias. 🤷🏻♂️
🏃🏻♂️🏃🏾♂️🏃♂️
#applewatch #gastocalorico #emagrecimento #academia #calorias #apple
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
segunda-feira, 5 de outubro de 2020
terça-feira, 28 de abril de 2020
Não consegue a mesma intensidade na academia? Aumente o volume!
segunda-feira, 2 de dezembro de 2019
Todos podem fazer agachamento completo?
PRIORIZE A EXECUÇÃO CORRETA!
quarta-feira, 13 de novembro de 2019
Sangue acidifica?
O pH sanguíneo é em torno de 7,34-7,45, ou seja, levemente alcalino. Então, segundo a lógica de quem acredita que o sangue acidifica, alimentos normalmente ricos em proteína, como carne, peixes, cereais, frutos do mar, leite e derivados, aumentariam o pH sanguíneo. Com isso, diversas células teriam suas atividades comprometidas. Então utilizaríamos recursos endógenos para alcalinizar o sangue, como o cálcio dos ossos, comprometendo a densidade mineral óssea.
Mas como já comentei aqui várias vezes. Teorias fisiológicas podem fazer sentido, mas há desfecho clínico?
Bora para um pouco de fisiologia básica?
Nosso organismo possui sistemas de tampão, que mantém o pH fisiológico, mesmo em situações que possam alterá-lo.
Um sistema muito presente é no próprio sangue, através da hemoglobina presente nas células vermelhas (hemácias) e pelo bicarbonato circulante. Esse sistema mantém a homeostase através da neutralização do gás carbônico (CO2). Com isso, os pulmões podem aumentar ou diminuir a liberação de CO2 através da respiração, conforme a necessidade. .
Notam que, na musculação ou em tiros de alta intensidade, vocês ficam ofegando, liberando CO2? Sim, exercícios de alta intensidade produzem ácido lático, que é dissociado em lactato e íons hidrogênio (H+). Esses íons H+ acidificam o meio e o organismo precisa manter a homeostase. Interessante que esses íons H+ também atravessam a barreira hematoencefálica e estimulam a hiperventilação (aumentando a eliminação de CO2). .
E também temos os rins, que excretam na urina metabólitos ácidos e produzem/reabsorvem bicarbonato. Então, obviamente, se os rins estão excretando metabólitos ácidos, a urina vai estar ácida, mas NÃO O SANGUE!!!
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segunda-feira, 11 de novembro de 2019
Musculação pode ter volume e intensidade
Quando se fala que volume é inversamente proporcional à intensidade, se fala de UMA SÉRIE. Ou seja, quanto maior a carga (intensidade), menos repetições você faz (volume). Ir até a falha muscular se refere a percepção de esforço, não intensidade. Intensidade é a carga em relação a 1 repetição máxima.
quinta-feira, 7 de novembro de 2019
Força e hipertrofia muscular. Intensidade alta ou moderada.
quarta-feira, 6 de novembro de 2019
Inclinação lateral é uma boa opção para abdominais oblíquos?
- Para quem acha que vai “queimar gordura”, ele não diminui gordura localizada. Você pode ficar horas fazendo esse exercício que ganhará, no máximo, uma protusão discal;
- os oblíquos externos realizam inclinação lateral? Sim, mas a ativação desses músculos nesse movimento é de uma amplitude muito pequena. Ele somente perturba o músculo, como se você estivesse carregando uma sacola. Além disso, pela coluna não estar em posição neutra, diminui a capacidade dos músculos frearem o movimento;
- os oblíquos não são os motores primários na inclinação lateral, os oblíquos externos são bem mais ativados na flexão do tronco (o abdominal tradicional) e os internos, na rotação. Você acaba ativando muito mais o quadrado lombar.
Conclusão simples e direta: há diversas opções melhores para os oblíquos que esse exercício. Inclusive para trabalhar o próprio quadrado lombar. .
HAMILL, Joseph; KNUTZEN, Kathleen. Bases biomecânicas do movimento humano. 2. ed. Barueri, SP: Manole, 2008.
terça-feira, 5 de novembro de 2019
Não sacrifique a amplitude para aumentar a carga
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segunda-feira, 4 de novembro de 2019
A conexão cérebro-músculo para hipertrofia muscular
Venho insistido bastante nesse assunto nos últimos anos e, finalmente, foi publicada a primeira revisão sistemática (alto grau de evidência científica) sobre o assunto.
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Sem dedicação, não há resultados
Sem dedicação, não há resultado.
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