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quinta-feira, 27 de março de 2014

Proteína do arroz, um bom sustituto ao whey protein.

Atualmente, o suplemento pós-treino mais indicado por profissionais na área da nutrição e nutrologia é o whey protein. Dentre algumas das razões são o alto conteúdo de aminoácidos de cadeia ramificada (Bcaas) e sua fácil digestão.
Os Bcaas são os únicos aminoácidos essenciais que possuem papel no metabolismo proteico (são utilizados como fonte de energia pelos músculos), função neural e participam da regulação da glicemia e insulina. Além disso, alguns autores sugerem que esses aminoácidos são capazes de estimular a síntese proteica, em especial a leucina. Esse aminoácido por si só é capaz de estimular a síntese proteica. Porém, ele é mais eficiente quando está relacionada a outros aminoácidos.


Para maximizar a síntese proteica sugere-se uma mistura de aminoácidos rica em leucina (entre 2-3 gramas ou 0,05 gramas/Kg). Como mostra o gráfico, há uma quantidade mínima de leucina, na qual abaixo disso não traz grandes benefícios na síntese proteica; assim como uma quantidade máxima, na qual além disso, não há ganhos adicionais. Ou seja, sugere-se uma mistura de aminoácidos a partir dessa concentração ótima de leucina.


Nesse sentido, Joy e colaboradores compararam a proteína do arroz (também rica em Leucina e outros Bcaas) com o Whey Protein. Com a suplementação pré e pós-treino, analisaram as respostas de desempenho durante o treino e recuperação pós-treino, assim como os efeitos na composição corporal após 8 semanas de suplementação. Em todos os parâmetros não encontraram diferenças entre os protocolos de suplementação.
Sendo a proteína do arroz um tipo não-alergênico, torna-se uma opção muito interessante a pessoas que não apresentam boa tolerância ao whey protein (mesmo sendo 100% isolado).


Referências

Blomstrand E: A role for branched-chain amino acids in reducing central fatigue. J Nutr 2006, 136:544S–547S.

Garlick PJ: The role of leucine in the regulation of protein metabolism. J Nutr 2005, 135:1553S–1556S.

Joy JM, Lowery RP, Wilson JM, Purpura M, De Souza EO, Wilson SM, Kalman DS, Dudeck JE, Jäger R. The effects of 8 weeks of whey or rice protein supplementation on body composition and exercise performance. Nutr J. 2013 Jun 20;12(1):86.


Norton LE, Layman DK: Leucine regulates translation initiation of protein synthesis in skeletal muscle after exercise. J Nutr 2006, 136:533S–537S.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Hambúrguer de vegetais (com ou sem carne)

Essa receita é ótima para um lanche e pode levar a qualquer lugar. Caso você seja vegetariano, apenas não use a carne. Baixo índice glicêmico e proteínas!

 - 200 gramas de grão de bico; 
- 1 tomate;
- 1 ramo de brócolis; 
- 3 ovos inteiros; 
- 4 colheres de sopa de chia.



Bata no processador e, sendo o caso, misture com peito de frango moído ou atum. Coloque nas forminhas de hambúrguer e leve ao forno médio. 
Atenção, procure fazer com produtos orgânicos.

Receita também disponível em meu instagram: @rafaelaugusto82

sábado, 30 de novembro de 2013

O mito do leite

Osteoporose é uma doença que se caracteriza pela fragilidade dos ossos e acomete sobretudo mulheres acima de 60 anos. Acredita-se que a perda de massa óssea inicia-se a partir dos 40 anos e que cerca de 1/3 das mulheres entre 60-70 anos apresentam o quadro de osteoporose e 2/3 das mulheres acima de 80 anos, segundo dados da OMS.


Com isso, o risco de fraturas é maior e, simultaneamente com a perda óssea, pode-se tornar um ciclo, conduzindo o indivíduo a incapacidade de realizar atividades diárias. No mundo, aproximadamente 1,7 milhão de fraturas ao ano podem ser atribuídas à osteoporose. E, segundo dados da International Osteporosis Fundation (IOF) de 2012, as fraturas ocasionadas por osteoporose tendem a crescer 32% apenas no Brasil (os dados atuais são de aproximadamente 132 mil fraturas do tipo por ano).
Para conter o avanço da perda de densidade mineral óssea recomenda-se atividade física, exposição ao sol e intervenções na dieta, como suplementação de vitaminas, minerais e o consumo cálcio, principalmente do leite e laticínios. Com relação ao consumo de leite e laticínios, um grupo de pesquisadores na Universidade de Harvard estão colocando essa conduta em questão.
Países com baixo consumo de leite, como China, Japão, Vietnan, Tailândia, entre outros possuem baixo consumo de leite e apresentam baixa incidência de osteoporose. Entretanto, países como Estados Unidos apresentam um consumo bem mais elevado de leite, assim como uma incidência de osteoporose bem maior.
Não seria o tema principal desse post (falarei mais tarde sobre isso), mas o consumo de leite é associado a algumas doenças alergênicas e inflamatórias, como asma, alguns tipos de câncer, infartos e também diabetes. A própria proteína do leite de vaca, a caseína, aumenta os níveis de marcadores inflamatórios no sangue. Aí você pode pensar, por quê recomenda-se o leite materno ao recém-nascido? A proteína do leite materno é composta mais de 80% pela proteína do soro do leite. Além disso, o excesso de vitamina A (retinol) encontrada em laticínios pode provocar fragilidade dos ossos.
Embora o leite de vaca possua uma boa quantidade de cálcio, uma pequena parte é absorvida pelo organismo. O cálcio presente no brócolis e na couve, embora em quantidade menor, é melhor absorvido pelo organismo humano. Além de possuírem vitamina K, outro nutriente importante para a saúde óssea. E não adianta a ingestão de grandes quantidades de cálcio no tratamento da osteoporose. Diversos estudos mostram que o aumento concomitante da ingestão de vitamina D com a ingestão de cálcio melhoram sua fixação nos ossos (aumento da atividade osteoblástica) que o aumento da ingestão de cálcio sozinha.
Então, embora uma indústria milionária coloque no imaginário popular vários mitos sobre o leite, alguns profissionais da saúde colocam em cheque essa conduta. Além de outros problemas associados ao consumo do leite de vaca (que irei abordar), nem sempre saúde óssea pode ser associada a alto consumo de laticínios. Afinal, a indústria quer saber de lucro, não de sua saúde.