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terça-feira, 4 de junho de 2013

A musculação e o "PUMP".

Quando as pessoas treinam com pesos, um dos sinais agudos mais proeminentes é aquela sensação de inchaço muscular. Normalmente, os chamados “marombeiros” adoram essa sensação (e também reclamam quando ela desaparece). Por outro lado, algumas mulheres (nem todas) não gostam por se sentirem “inchadas”, achando que poderão aumentar muito a massa muscular.  
Bem, vamos com calma então e explicar o que é esse fenômeno. Vulgarmente é chamado de “pump”, mas na realidade chamamos de “recrutamento vascular muscular periférico localizado". Exatamente nesse momento não está se ganhando massa muscular, mas é um bom indício de que seu treino proporcionou um bom estímulo para síntese proteica.
De modo simples, durante o treino provocamos lesões no tecido muscular (a grosso modo você está destruindo suas proteínas musculares, perdendo massa muscular!). E, no processo de recuperação, o corpo procura produzir fibras musculares mais fortes, a fim de se proteger contra outro estímulo. Esse processo é chamado de supercompensação. Então, o pump que se sente durante o treino nada mais é que um processo inflamatório muscular, pois seu músculo lesionado, está sob ação dessas substâncias inflamatórias (interleucinas), além haver uma derivação de sangue para a região (recrutamento vascular) e aumento de temperatura na região. Por isso está inchado. Então, o “pump” não é exatamente um marcador de síntese proteica otimizada, mas pode ser uma das ferramentas para observar se o treino provocou um bom estímulo para tal.
E quanto a algumas mulheres, com medo de “engordarem”, fiquem tranquilas. Podem treinar e procurar otimizar o “pump”, vocês não vão ficar como culturistas apenas treinando, alimentando e suplementando corretamente. Claro que digo isso apenas para as que ainda têm desconfiança quanto a isso.
No mais, bons treinos e um ótimo “pump” a todos!

sábado, 25 de maio de 2013

Coma aveia!



Todos nós sabemos que ela é um excelente alimento e muito saudável. Mas vamos ver quais doenças ela pode evitar.

Controle do Colesterol
O benefício mais evidente do consumo de aveia é o controle do colesterol. No Brasil, a Anvisa já reconheceu esse benefício e a classificou como alimento funcional para manutenção e controle da doença.

Regula a função intestinal
Aproximadamente 28% da população sofre com problemas intestinais. As fibras da aveia proporcionam um melhor funcionamento do intestino, além de favorecer a proliferação de bactérias benéficas. Ou seja, melhora o sistema imunológico e inibe o desenvolvimento de algumas doenças.

Controle do peso
A obesidade está relacionada a alguns comportamentos, como hiperalimentação, consumo de alimentos com alta densidade calórica, sedentarismo e má distribuição de calorias durante o dia. O consumo de cereais integrais promove maior saciedade e, consequentemente, um controle maior da ingestão de alimentos. Alimentos ricos em fibras tendem a ser menos calóricos, além de exigir maior tempo de mastigação e digestibilidade, auxiliando a perda de peso.

Diabetes e hiperglicemia
Alimentos com baixo índice glicêmico podem ajudar no controle da glicemia. A aveia ainda pode melhorar os níveis basais de glicose e insulina.

Síndrome Metabólica
A Síndrome Metabólica é um conjunto de fatores de risco relacionados à obesidade, como doenças cardiovasculares, hipertensão arterial e diabetes. A aveia, por conter fibras solúveis em alta concentração, evita picos na glicemia (e, consequentemente, de insulina) e reduz o aparecimento da síndrome.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Quando a técnica de execução vale mais que somente colocar carga.


Para os afobados nos treinos, achando que, para aumento de massa muscular, quanto mais peso melhor e deixam a técnica de execução de lado, há um artigo recente para repensar essa prática.
Watanabe e colaboradores (2013) avaliaram 35 idosos (59-75 anos, ou seja, uma faixa de idade mais complicada de realizar um trabalho de hipertrofia muscular) e os dividiram em dois grupos: o de velocidade lenta (3 segundos na fase concêntrica, 3 segundos na fase excêntrica e 1 segundo de contração isométrica, sem intervalo entre as repetições) e o de velocidade normal (1 segundo na concêntrica, 1 segundo na excêntrica e 1 segundo de intervalo entre as repetições). Em ambos os grupos as cargas foram ajustadas em 50% de uma repetição máxima. Os dois grupos aumentaram força, porém o grupo de velocidade normal teve o aumento de massa muscular limitado, enquanto o grupo lento teve massa muscular e resistência melhores após 12 semanas de treinamento.
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Concordo que há limitações no estudo, como a porcentagem de uma repetição máxima ser relativamente baixa, talvez com uma carga maior poderia modificar um pouco o resultado. Mas essa foi uma forma dos autores normalizarem as cargas para ambos os grupos. E o intervalo entre as repetições pode ter sido um fator limitante nos resultados do grupo de velocidade normal, pois pode ter impedido fadigar de maneira mais eficaz as fibras musculares. Por outro lado, na prática, muitos frequentadores de academias se utilizam dessa técnica para apenas colocarem mais carga. E aqui fica um ponto bem interessante nos resultados, a tensão constante no músculo parece ser um fator que otimiza os resultados. Além, claro, do movimento controlado e com técnica do exercício. Lembre-se que o treino de um culturista é diferente de um levantador de peso. O primeiro deseja aumentar massa muscular e o treino visa fadigar a musculatura ao máximo; o segundo deseja aumentar força para mover o peso do ponto A ao ponto B em competições.

Watanabe Y, Tanimoto M, Ohgane A, Sanada K, Miyachi M, Ishii N. Increased muscle size and strength from slow-movement, low-intensity resistance exercise and tonic force generation. J Aging Phys Act. 2013 Jan;21(1):71-84. Epub 2012 Jul 24.

quarta-feira, 20 de março de 2013

terça-feira, 19 de março de 2013

Recentes pesquisas sobre emagrecimento


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Muito se tem discutido na literatura há anos qual seria a melhor conduta a ser seguida num programa de emagrecimento. Qual seria melhor: exercícios aeróbicos, musculação? Dieta? Como seria essa dieta? O paradoxo é que o número de publicações é interminável e cada vez mais a população se torna obesa.
Minha conduta básica é conduzir o indivíduo a uma atividade que goste e que consiga manter como hábito de vida. Tento fazer com que a musculação se torne motivadora para quem não gosta. Mas vou deixar um pouco isso de lado e centrar o texto sobre o que se tem pesquisado no que se refere a emagrecimento na literatura científica nos últimos dois anos.
Quando se trata de pacientes obesos, realmente deve haver uma combinação de exercícios aeróbicos e treino de força. Além da dieta, claro. O exercício aeróbico, concomitantemente com uma dieta hipocalórica, contribui para manter um balanço energético negativo. E o treino de força, além de aumentar o metabolismo de repouso (quantidade de energia gasta enquanto você descansa), ajuda a manter a massa magra e, com isso, evitar aumento de peso rebote após o programa de emagrecimento.
De 147 a 87 quilos.

A grande aliada para a perda de peso realmente é a dieta. O exercício sozinho não consegue promover um gasto calórico suficiente para gerar um déficit energético em alguém com uma dieta desregrada. Obviamente, nos estudos onde há a combinação de dieta e exercício, a perda de peso, gordura e manutenção da massa magra são mais evidentes. Porém, nos grupos onde há apenas dieta, ainda há perda de peso; nos grupos onde não há restrição calórica, mas se mantém a atividade física, a perda de peso é insignificante.
Um achado muito interessante e recente é que a combinação de dieta e exercício parece promover maior perda de gordura subcutânea (sob a pele) que a dieta sozinha. No que se refere à gordura visceral, parece não haver diferença significativa com ou sem exercício, mas a restrição calórica se faz mais essencial.  Ainda nesse sentido, a atividade física aliada à dieta de restrição calórica altera a proporção da perda de gordura, principalmente em torno da região lombar (L2 a L5), ou seja, aquela gordura na parte inferior do abdômen.
Continuando na defesa da atividade física como conduta indispensável para perda de gordura, outro achado recente e interessante. Há uma correlação entre a proteína transportadora de testosterona (SHBG), controle da glicemia e síndrome metabólica. Vale acrescentar que o controle da glicemia e, consequentemente, dos níveis de insulina, tem um papel importante em qualquer dieta de emagrecimento.
Um recente estudo, publicado em Janeiro demonstrou que o treino de força (musculação) pode aumentar a SHBG e diminuir o cortisol (hormônio de estresse que, cronicamente alto, é correlacionado a aumentos da circunferência abdominal) após 12 semanas. Ou seja, a musculação parece ter papel sinérgico na perda de gordura não apenas pelo aumento do metabolismo, mas também através do controle da glicemia.
Claro que assim como o treino aeróbico e o treino de força devem ser elaborados individualmente e periodizados por um profissional na área da Educação Física. E fica claro, mais uma vez, a importância de se combinar dieta e exercício, reforçando assim, trabalho multidisciplinar entre a nutrição e a ciência do exercício.

Referências
García-Unciti M, Izquierdo M, Idoate F, Gorostiaga E, Grijalba A, Ortega-Delgado F, Martínez-Labari C, Moreno-Navarrete JM, Forga L, Fernández-Real JM, Ibáñez J. Weight-loss diet alone or combined with progressive resistance training induces changes in association between the cardiometabolic risk profile and abdominal fat depots. Ann Nutr Metab. 2012;61(4):296-304. doi: 10.1159/000342467. Epub 2012 Dec 3.

Ho SS, Dhaliwal SS, Hills AP, Pal S. The effect of 12 weeks of aerobic, resistance or combination exercise training on cardiovascular risk factors in the overweight and obese in a randomized trial. BMC Public Health. 2012 Aug 28;12:704. doi: 10.1186/1471-2458-12-704.

Idoate F, Ibañez J, Gorostiaga EM, García-Unciti M, Martínez-Labari C, Izquierdo M. Weight-loss diet alone or combined with resistance training induces different regional visceral fat changes in obese women. Int J Obes (Lond). 2011 May;35(5):700-13. doi: 10.1038/ijo.2010.190. Epub 2010 Sep 7.

Roberts CK, Croymans DM, Aziz N, Butch AW, Lee CC. Resistance training increases SHBG in overweight/obese, young men. Metabolism. 2013 Jan 11. pii: S0026-0495(12)00457-X. doi: 10.1016/j.metabol.2012.12.004.[Epub ahead of print].

Shea MK, Nicklas BJ, Marsh AP, Houston DK, Miller GD, Isom S, Miller ME, Carr JJ, Lyles MF, Harris TB, Kritchevsky SB. The effect of pioglitazone and resistance training on body composition in older men and women undergoing hypocaloric weight loss. Obesity (Silver Spring). 2011 Aug;19(8):1636-46. doi: 10.1038/oby.2010.327. Epub 2011 Jan 13.