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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Musculação pode ter volume e intensidade

Sim, amigo. Um treino de musculação pode (e deve) ser com volume e intensidade.
Quando se fala que volume é inversamente proporcional à intensidade, se fala de UMA SÉRIE. Ou seja, quanto maior a carga (intensidade), menos repetições você faz (volume). Ir até a falha muscular se refere a percepção de esforço, não intensidade. Intensidade é a carga em relação a 1 repetição máxima.


Então, quando dizem que treinos com uma série apenas, com duração de 8’, 10’, 15’ são melhores por serem intensos, estão usando os conceitos de forma errônea e afirmado coisas que não batem com a grande maioria dos estudos bem desenhados metodologicamente. Até porque, com pouquíssimo intervalo entre as séries, não se consegue nem volume, nem intensidade adequados.
Então, para otimizar os resultados, o treino precisa ter volume e intensidade, simultaneamente.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Força e hipertrofia muscular. Intensidade alta ou moderada.

Um trabalho recente, publicado em outubro por pesquisadores brasileiros, avaliou as adaptações de treinamento de força de intensidade alta e moderada (o modelo experimental foi em ratos).

As respostas de força, hipertrofia e estímulo a síntese proteica foi similar em ambos os grupos. Exceto para o músculo sóleo, que apresentou maior hipertrofia no grupo de intensidade moderada (que obteve maior volume de treino).

Interessante nesse trabalho que o músculo sóleo, composto predominantemente por fibras oxidativas e menos responsivas a hipertrofia muscular, se beneficiou do maior volume de treino (volume de treino = trabalho total, número de séries, repetições e exercícios). Esse dado mostra a determinada intensidade, o volume de treino se mostra muito importante na otimização das adaptações de hipertrofia muscular.

Outro ponto interessante foi que a relação testosterona/cortisol se manteve maior no grupo de maior intensidade, mesmo que esse fato não tenha se convertido em diferenças nas adaptações ao treino. O que demonstra que outros fatores, como o estímulo a síntese proteica, apresente um papel importante nas adaptações crônicas ao treino de força.



Life Sci. 2019 Oct 19;238:116964. doi: 10.1016/j.lfs.2019.116964.

Moderate vs high-load resistance training on muscular adaptations in rats.Padilha CS1, Cella PS2, Ribeiro AS3, Voltarelli FA4, Testa MTJ2, Marinello PC5, Iarosz KC2, Guirro PB2, Deminice R2.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Inclinação lateral é uma boa opção para abdominais oblíquos?

Muitas pessoas utilizam a inclinação lateral com o intuito de trabalhar os oblíquos abdominais. Então, vou descrever alguns tópicos para desmistificar alguns pontos:

- Para quem acha que vai “queimar gordura”, ele não diminui gordura localizada. Você pode ficar horas fazendo esse exercício que ganhará, no máximo, uma protusão discal;

- os oblíquos externos realizam inclinação lateral? Sim, mas a ativação desses músculos nesse movimento é de uma amplitude muito pequena. Ele somente perturba o músculo, como se você estivesse carregando uma sacola. Além disso, pela coluna não estar em posição neutra, diminui a capacidade dos músculos frearem o movimento;

- os oblíquos não são os motores primários na inclinação lateral, os oblíquos externos são bem mais ativados na flexão do tronco (o abdominal tradicional) e os internos, na rotação. Você acaba ativando muito mais o quadrado lombar.
 
- numa posição de pé e com peso, há compressão axial e, em algumas pessoas, pode trazer alguma complicação.

Conclusão simples e direta: há diversas opções melhores para os oblíquos que esse exercício. Inclusive para trabalhar o próprio quadrado lombar. .
 
Referência
HAMILL, Joseph; KNUTZEN, Kathleen. Bases biomecânicas do movimento humano. 2. ed. Barueri, SP: Manole, 2008.


segunda-feira, 4 de novembro de 2019

A conexão cérebro-músculo para hipertrofia muscular


Venho insistido bastante nesse assunto nos últimos anos e, finalmente, foi publicada a primeira revisão sistemática (alto grau de evidência científica) sobre o assunto.
Treino para hipertrofia não é apenas levantar o peso do ponto A ao ponto B.
Marque uma avaliação física para saber como funciona na prática.

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Sem dedicação, não há resultados

Não se iluda com resultados muito rápidos, que você não conseguirá manter.
Sem dedicação, não há resultado.

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segunda-feira, 2 de abril de 2018

Volume de treino: uma meta-análise


As meta-análises na ciência constituem uma ótima ferramenta para estabelecer evidências sobre determinado assunto. Utilizam os dados de diversos estudos, diferentes populações e, quando bem desenhadas, também possuem intervenções homogêneas. 
Recentemente, Schoenfeld e colaboradores (2017) realizaram uma meta-análise que utilizou 15 estudos (indivíduos treinados e não treinados) e demonstraram que o número de séries semanais (o aumento do volume de treino) está associado a maiores aumentos de volume muscular. Cada série adicional está associada a um ganho de 0,37%. As diferenças dos ganhos entre baixo e volumes maiores de treino ficam em torno de 3,9%. Os achados desse estudo sugerem a relação dose-resposta durante a progressão de programas de treinamento de força. O volume de treino é uma das variáveis mais importantes para progressão das adaptações, mesmo que alguns profissionais insistam em dizer o contrário e preconizam, sem embasamento científico, que aumento de volume de treino não trará ganhos adicionais. Seria "time-efficient" para você ou para ele? Além de confundirem termos como intensidade e percepção subjetiva de esforço (que abordei em posts anteriores).


Referência

Schoenfeld BJ, Ogborn D, Krieger JW. J. Dose-response relationship between weekly resistance training volume and increases in muscle mass: A systematic review and meta-analysis. Sports Sci. 2017 Jun;35(11):1073-1082.