terça-feira, 31 de dezembro de 2013
Feliz 2014!!!
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terça-feira, 24 de dezembro de 2013
Feliz Natal!
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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
Carboidrato à noite engorda?
A resposta é o que as
pessoas odeiam escutar: depende.
Na realidade o que vai
colaborar de maneira mais significativa para o emagrecimento é gastar mais
energia do que consumir e a qualidade desses alimentos. No que se refere a
carboidratos, por exemplo, os únicos momentos em que seria interessante um
índice glicêmico maior seria de manhã (após o jejum noturno e, principalmente
se você treina de manhã) e após o treino. Esses são momentos em que o organismo
está ávido por carboidratos e repor o glicogênio muscular. Reside também o fato
de que um aumento da insulina nessas ocasiões contribui para abaixar o
cortisol, o hormônio catabólico. E, como o organismo requer carboidratos,
dificilmente essa energia será convertida em gordura.
Por exemplo, no estudo
recente de Alves e cols (2013), não foram encontradas diferenças na composição
corporal se os carboidratos foram consumidos mais cedo ou mais tarde.
Obviamente, altas na
glicemia e insulina em outros momentos do dia, onde seu corpo não requeira
muita energia, não são necessárias nem pelo ponto de vista estético, nem pelo
ponto de vista metabólico (como o risco de desenvolvimento de resistência à
insulina e diabetes).
Agora, não há evidências que
consumindo um carboidrato de baixo índice glicêmico ou baixa carga glicêmica de
noite possa atrapalhar sua secreção de hormônio do crescimento. Até porque em
condições normais, em que não se tenha resistência à insulina, essa responde em
torno de uma hora após a refeição e logo em seguida retorna aos níveis basais.
E essa elevação é menor ainda se o carboidrato possuir uma carga glicêmica
baixa.
Um estudo recente, realizado
em cavalos (Gray e cols, 2013), constatou que o grupo que consumiu carboidratos
um pouco antes do sono noturno teve seu pico postergado em comparação ao grupo
que não consumiu. Porém, nas horas subsequentes, o pico de Gh do grupo que
consumiu carboidratos superou o do grupo que não consumiu. Ou seja, a liberação
dos dois grupos foi equilibrada, mudando apenas o timing. Lembrando que
carboidrato libera serotonina, que é convertida em melatonina = melhora da
qualidade do sono).
Em 2012, Salgin e cols
demonstraram que períodos muito longos em jejum não alteram em nada a liberação
de Gh. Mesmo ocorrendo uma maior mobilização de ácidos graxos na corrente
sanguínea (atenção para mobilização, não consumo), isso não afetou a secreção
de Gh, sugerindo que o jejum tem um papel limitante na liberação de Gh. Afinal,
em períodos de jejum, o organismo entra num estado de “economia de energia”. E,
diminuindo as reservas de glicogênio, recorre-se à gliconeogênese (convertendo
proteínas em glicose para ativar a queima de gorduras); em miúdos, faz você
perder músculos.
Portanto, não existe a
fórmula mágica. O essencial continua sendo caprichar na qualidade de sua
alimentação e não seguindo fórmulas sem embasamento científico algum.
Referências
Alves RD, de Oliveira FC, Hermsdorff HH, Abete I, Zulet MA, Martínez JA,
Bressan J. Eating carbohydrate mostly at lunch and protein mostly at dinner
within a covert hypocaloric diet influences morning glucose homeostasis in
overweight/obese men. Eur J Nutr. 2013 Feb 7.
Gray SM, Bartell PA, Staniar WB. High glycemic and insulinemic responses
to meals affect plasma growth hormone secretory characteristics in Quarter
Horse weanlings. Domest Anim Endocrinol. 2013 May;44(4):165-75. doi:
10.1016/j.domaniend.2013.01.004. Epub 2013 Feb 10.
Salgin B, Marcovecchio ML, Hill N, Dunger DB, Frystyk J. The effect of
prolonged fasting on levels of growth hormone-binding protein and free growth
hormone. Growth Horm IGF Res. 2012 Apr;22(2):76-81. doi:
10.1016/j.ghir.2012.02.003. Epub 2012 Mar 3.
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terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Você acha que creatina aumenta massa muscular por retenção hídrica?
Desde que se observou e comprovaram-se os aumentos de massa muscular decorrentes da suplementação de creatina combinada ao treinamento de força, além da sua utilização no tratamento de doenças degenerativas crônicas (Duchenne e miopatias inflamatórias) e doenças no sistema nervoso central (Parkinson' Huntington's e Alzheimer) (Gualano e colaboradores, 2010), a comunidade científica tem centrado as pesquisas nos mecanismos pelos quais esses benefícios são alcançados.
Muito já se falou, no que se refere aos benefícios da suplementação aliada ao treino de força, que seus benefícios se davam simplesmente por aumentar a intensidade do treino ao se conseguir realizar mais repetições com determinada carga. Ou também devido à retenção hídrica na célula muscular. Entretanto, estudos como o Olsen e colaboradores (2006) demonstram mecanismos mais complexos. Ao suplementar com creatina, observaram aumentos no número de células satélites e nos núcleos das células musculares por fibra muscular.
Referências:
Gualano B, Artioli GG, Poortmans JR, Lancha Junior AH. Exploring the therapeutic role of creatine supplementation. Amino Acids. 2010 Jan;38(1):31-44. Epub 2009 Mar 1.
Olsen S, Aagaard P, Kadi F, Tufekovic G, Verney J, Olesen JL, Suetta C, Kjaer M. Creatine supplementation augments the increase in satellite cell and myonuclei number
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Consumir óleos vegetais é saudável e ponto final? Não é bem assim...
Muito se tem falado na mídia sobre o uso de óleos vegetais para
o consumo. Isso seria uma medida saudável, certo?
Não totalmente. Existe ácidos graxos nos óleos chamados ômega 3 e ômega 6, que
são ácidos graxos essenciais, ou seja, devemos consumi-los na dieta, pois o
corpo não consegue produzi-los.
O ômega 3 apresenta efeitos benéficos na prevenção de
doenças cardíacas, hipertensão, diabetes tipo 2, artrite reumatoide, entre
outras. São encontrados em peixes “gordos” como atum, anchova, carpa, arenque,
sardinha natural, sementes e óleo de canola, linhaça, nozes.
O ômega 6 ajuda na redução dos níveis de LDL (colesterol
ruim), colesterol total e na regulação de diversos hormônios. Os alimentos
ricos em ômega 6 são os óleos vegetais (milho, canola, soja, girassol),
oleaginosas etc.
Até aqui, tudo bem. Cada um com seu benefício. Porém,
devemos achar um equilíbrio na ingesta desses óleos. O recomendado é, no
mínimo, uma proporção de 5:1 entre ômega 6 e ômega 3. O ideal ótimo seria uma
proporção de 2:1 ou 1:1. Mas,
infelizmente, na dieta do brasileiro vemos uma proporção de 20:1 e, em casos
mais gritantes, 50:1.
Estima-se que no período anterior à industrialização, essa
razão estava em torno de 1:1 a 2:1, devido ao consumo abundante de vegetais e
de alimentos de origem marinha, contendo ácidos graxos ômega 3. Com a
industrialização, ocorreu um aumento progressivo dessa razão, principalmente
devido à produção de óleos refinados oriundos de oleaginosas com alto teor de
ômega 6 e à diminuição do consumo de frutas e verduras.
E o que esse desequilíbrio pode causar? Os efeitos dos
ácidos graxos ômega 6 são mediados por sua conversão em eicosanóiides, ou seja,
em excesso aumentam os processos inflamatórios e provocam uma
hipersensibilidade no corpo. Muito se tem estudado sobre o excesso de ômega 6 e
doenças imuno-inflamatórias, arteriosclerose, asma, artrite, doenças
vasculares, proliferação de tumores (inclusive de mama e próstata) e até Mal de
Alzheimer!
Eu acredito ser essa uma grande questão a ser revisada em nossa alimentação. Muitas doenças são originárias desse desequilíbrio entre os ácidos graxos ômega ao qual somos submetidos cronicamente durante anos. Vamos repensar nossa alimentação!
Referências
Burdge GC,
Jones AE, Wootton SA. Eicosapentaenoic and docosapentaenoic acids are the
principal products of alpha-linolenic acid metabolism in young men. Br J
Nutr. 2002; 88(4):355-63.
Clayton Antunes MartinI; Vanessa Vivian de AlmeidaI; Marcos
Roberto RuizI; Jeane Eliete Laguila VisentainerII; Makoto MatshushitaI; Nilson
Evelázio de SouzaI; Jesuí Vergílio Visentainer. Ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 e ômega-6: importância e ocorrência em alimentos. Rev. Nutr. vol.19 no.6 Campinas Nov./Dec. 2006
Simopoulos
AP. Omega-6/Omega-3 essential fatty acid ratio and chronic diseases. Food
Rev Inter. 2004; 20(1):77-90.
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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
Hambúrguer de vegetais (com ou sem carne)
Essa receita é ótima para um lanche e pode levar a qualquer lugar. Caso você seja vegetariano, apenas não use a carne. Baixo índice glicêmico e proteínas!
- 200 gramas de grão de bico;
- 1 tomate;
- 1 ramo de brócolis;
- 3 ovos inteiros;
- 4 colheres de sopa de chia.
Bata no processador e, sendo o caso, misture com peito de frango moído ou atum. Coloque nas forminhas de hambúrguer e leve ao forno médio.
Atenção, procure fazer com produtos orgânicos.
Receita também disponível em meu instagram: @rafaelaugusto82
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terça-feira, 10 de dezembro de 2013
O mito do leite - A Caseína
Continuando nossos estudos sobre o mito
do leite, vamos abordar hoje uma de suas proteínas mais alergênicas e vendida
largamente em suplementos alimentares, a caseína.
É óbvio que filtrando e retirando do
leite de vaca a proteína do soro (whey protein), cerca de 80% do restante de
proteína precisa ser reaproveitado pela indústria (não vou abordar aqui alfa e
beta globulinas, por enquanto). Então você acredita realmente que a indústria
está interessada em sua saúde ao vender o leite de vaca ou a caseína? Tanto que
vários médicos, nutrólogos e nutricionistas não adotam leite de vaca ao
prescreveram o plano alimentar de seus pacientes.
Muitos podem dizer que já fizeram dieta ingerindo glúten, leite, arroz branco e emagreceram. Nesse sentido sempre digo aos meus alunos, qualquer dieta hipocalórica vai fazer você emagrecer, mas com toda qualidade que você poderia obter? A estética reflete também como você está internamente, seus processos metabólicos dependem da integridade de seu organismo. Faça um exame de sangue e veja os índices inflamatórios. A inflamação é crônica, seus resultados aparecem com o tempo. Solicite um exame de sangue e verifique os níveis de Eosinófilos (células do sistema imune que combatem a inflamação).
Diferentemente das proteínas do leite de
vaca, o leite humano é composto por 80% de soro do leite e 20% caseína,
aproximadamente. Para digerir a caseína, temos uma enzima, chamada Renina. Mas
essa enzima é plenamente ativa somente até os 3 anos de idade no ser humano, em
média. A proteína do leite de vaca, composta por 20% de soro do leite e quase
80% de caseína é bem mais difícil de digerir e ainda é incorporada em nossa
alimentação justamente quando a enzima que digere a caseína têm sua atividade
reduzida.
As proteínas alergênicas dos laticínios
provocam uma inflamação da mucosa intestinal, alterando sua permeabilidade e,
consequentemente, prejudicando a absorção de nutrientes. Além de facilitar a
passagem de macromoléculas e metais tóxicos. A mucosa intestinal é produtora de
diversas substâncias, incluindo hormônios, enzimas digestivas e serotonina
(neurotransmissor responsável pelo controle da liberação de alguns hormônios,
ritmo cicardiano, sono, apetite, temperatura corporal etc), logo sua alteração
poderá comprometer as ações dessas substâncias. A entrada de macromoléculas
facilitadas pela alteração da permeabilidade da mucosa intestinal fará com que
o organismo as identifique como um corpo estranho, ativando o sistema imune
para eliminá-las. Com isso há a liberação de sustâncias inflamatórias
(leucotrienos, citocinas etc), histaminas, entre outras.
Então, o que esse processo inflamatório
pode causar com o tempo? Os sintomas são extensos e muitas vezes as pessoas
tratam as consequências, não as causas. Aí vamos a sintomas como
hipersensibilidade e alergias (rinite, sinusite, bronquite), resistência a
insulina, obesidade, otites, gastrite, refluxo, fadigas inexplicáveis, artrite,
problemas cardiovasculares etc. As alterações na produção de serotonina
tendem a causar agitação, ansiedade e, em casos propensos, depressão.
Então, como comentei no início do
texto, os resultados de um estilo de vida saudável (alimentação, atividade
física, repouso) aparecem primeiro na biologia do seu corpo. Aí então a
integridade do seu sistema vai lhe trazer os resultados estéticos desejáveis. Você quer um
corpo exemplar? Adote uma dieta exemplar, um treino exemplar, tenha uma
recuperação exemplar. O resto é consequência. A indústria não está preocupada
com sua saúde, mas você tem que compactuar com isso?
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Roldana alta com oclusão vascular
Algumas pessoas me perguntam sobre como fazer o treino com oclusão vascular. Ele pode ser feito realizando a oclusão da parte distal do músculo com um torniquete ou esfigmo (clique aqui). Eu já realizei com um torniquete e admito que as pessoas ficam observando até com certo olhar de reprovação. Mas existem outras maneiras de induzir a hipóxia no músculo. Uma delas é como no vídeo que segue, onde eu fiz uma isometria de 20 segundos, seguida da série igualmente SEM relaxar a musculatura, realizando toda amplitude do movimento. Observem para não relaxarem a musculatura em nenhum ponto, mantendo sempre a musculatura sob tensão.
Veja o vídeo
Mais leituras no blog sobre oclusão vascular:
http://personalrafael.blogspot.com.br/2009/09/treino-de-forca-com-oclusao-vascular.html
http://personalrafael.blogspot.com.br/2013/07/treino-de-forca-com-oclusao-vascular-na.html
http://personalrafael.blogspot.com.br/2013/06/cadencia-de-movimento-hipoxia-e.html
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sábado, 7 de dezembro de 2013
Resultados da bioimpedância da semana!

As avaliações na bioimpedância essa semana trouxeram modificações ótimas para um período de uma semana de experimentações.
Quem disse que mulher não pode treinar pesado e fazer o High Intensity Training (HIT)? A Virgínia perdeu 1,7 Kg de gordura e aumentou 260 gramas de massa muscular em um pouco mais de uma semana. Parabéns!
Isso vale para as mulheres que ainda acreditam que podem se tornar culturistas se treinarem intenso. Homens, com taxas bem maiores de testosterona precisam se esforçar para ganhar massa. Logo, as mulheres, com níveis de testosterona bem menores, não possuem em nada essa tendência, de forma natural. O único risco que possuem é ficarem torneadas ou mais magras, aí vai depender da dieta e suplementação.
Vamos para a minha bioimpedância dessa semana. Foram 4 dias de pré-treino maxximum, duas semanas de dieta sem laticínios e glúten e utilizando técnicas de oclusão vascular no treino. Nessa semana houve um ganho de 390 gramas de massa muscular e uma perda de 700 gramas de gordura. E vamos para mais uma semana!

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Os desesperados do verão
Uma cena extremamente comum nas academias, ainda mais nessa
época do ano, perto do verão, é ver as pessoas desesperadas atrás do prejuízo
causado pelo sedentarismo do inverno. Aí vemos pessoas horas nas academias, acreditando no “mais é o melhor”. Enquanto isso seus níveis de
cortisol vão às alturas. E, principalmente, pessoas querendo erguer muito peso
e com uma técnica sofrível.
O treino para hipertrofia muscular, baseado no que os
culturistas profissionais utilizam, é diferente do treino utilizado em esportes
de força e potência, como o halterofilismo. Os culturistas querem estressar a
musculatura ao máximo, lesionar as fibras musculares e, para isso, recrutar o
maior número possível delas. O halterofilista precisa mover o peso do ponto A ao
ponto B, de acordo com as técnicas de competição. E ponto!
Aí alguém pode dizer na academia, "olha aquele cara enorme, ele coloca muito peso e faz a série rápido!" (e algumas vezes todo torto e compensando com outros músculos também). Desculpe, mas aquele cara ali usou esteróides mais do que você pode imaginar (rsrsrs) . Imagina o tamanho que ele estaria se treinasse direito?! Fora que ninguém deve depender de esteróides para se ter algum resultado.
Vamos entender a diferença. Então, sobre estresse
muscular, vou tentar falar de maneira simples sobre estímulos para síntese
proteica, o que vai fazer seu músculo crescer. Segundo Burd e cols (2010), o
estimulo para a síntese miofibrilar parece estar relacionado com o recrutamento
de fibras musculares, em que o exercício é realizado até a fadiga, ocorrendo um recrutamento máximo dessas fibras. Num estudo desse mesmo autor em 2012, um dos
grupos testados realizaram a contração excêntrica em 6 segundos e o outro
realizou o treinamento tradicional. A taxa de síntese de proteica aumentou 2,4
vezes acima do repouso entre 24-30 horas pós-treino para o grupo que fez a
contração excêntrica mais lentamente, contra em torno de 1 a 1,5 do grupo
tradicional. No que chamamos de hipertrofia sarcoplasmática, o grupo que
concentrou na contração excêntrica também apresentou maior síntese de proteínas
no sarcoplasma (citoplasma muscular) por volta de 1,8 vezes acima das taxas de
repouso. Com isso, os autores observaram que o princípio do recrutamento de
fibras musculares pelo tamanho em séries até a fadiga musculares é
potencializada quando o tempo sob tensão é maior. Ou seja, não adianta você
colocar mais peso do que deveria e realizar a série rápido (menos de 25-30
segundos, clique aqui), sem estimular o recrutamento de fibras musculares em
toda extensão do músculo simplesmente jogando o peso durante a série (o que
chamamos de momentum, ou simplesmente o “embalo”).
Esse estudo também demonstrou que a síntese proteica está
relacionado à ingestão de nutrientes pós-treino. E, novamente, a ingesta de
nutrientes e sua síntese proteica está relacionada ao recrutamento de fibras
musculares.
Ratamess e cols (2009) afirma que o recrutamento de unidades
motoras é mais importante que a carga em si, pois é esse fator que irá gerar as
respostas anabólicas ao exercício. Portanto, treino INTENSO, até a fadiga
momentânea e com TÉCNICA, por favor! Não precisa necessariamente realizar a contração excêntrica em seis segundos, como no estudo citado, mas aproveitem essa fase do movimento, onde ocorrem as microlesões no tecido muscular.
Observem nesse vídeo, fiz a excêntrica entre 3 a 4 segundos e o tempo sob tensão ficou em quase 40 segundos. Quase o dobro do que já cronometrei na maioria das pessoas (sim, já cronometrei a série de muita gente). E, para entenderem melhor sobre tempo sob tensão, recomendo a leitura: http://personalrafael.blogspot.com/2013/08/metabolismo-e-tempo-sob-tensao.html
Referências:
Burd NA,West DW, Staples AW, Atherton PJ, Baker
JM,Moore DR, Holwerda AM, Parise G, Rennie MJ, Baker SK & Phillips SM
(2010b). Low-load high volume resistance exercise stimulates muscle protein synthesis
more than high-load low volume resistance exercise in young men. PLoS One 5, e12033.
Nicholas A. Burd, Richard J. Andrews, DanielW.D.West,
Jonathan P. Little, Andrew J.R. Cochran, Amy J. Hector, Joshua G.A. Cashaback,
Martin J. Gibala, James R. Potvin, Steven K. Baker and Stuart M. Phillips. Muscle
time under tension during resistance exercise stimulates differential muscle
protein sub-fractional synthetic responses in men. J Physiol 590.2 (2012) pp
351–362 351
RatamessNA, Alvar BA, Evetoch TK, Housh TJ, Kibler WB,
Kraemer WJ & Triplett NT (2009). American College of Sports Medicine position
stand. Progression models in resistance training for healthy adults. Med Sci
Sports Exerc 41, 687–708.
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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Eliminando o glúten da dieta - você sabe por quê?
Muito se
tem falado sobre dietas sem glúten. Mas você conhece os benefícios? Ou melhor,
conhece os malefícios do glúten?
O glúten
é uma proteína presente na farinha de trigo, centeio, cevada, malte, aveia e em
todos os produtos e derivados que contém esses nutrientes. Há algumas pessoas
que são sensíveis ao glúten e, em casos mais severos dessa sensibilidade, dá-se
o nome de doença celíaca.
A doença
celíaca é uma patologia autoimune, causada pela alta sensibilidade ao glúten
(formado por uma mistura de cadeias proteicas longas, a gliadina e a
glutenina). Na realidade não é uma alergia, como muitos pensam. Nosso organismo
não digere muito bem o glúten, ele acaba formando uma “pasta” no intestino,
porém em pessoas muito sensíveis, isso é entendido como um corpo estranho.
Então, o sistema imunológico acaba atacando essa pasta e, simultaneamente, as
células do intestino. Por isso é uma doença autoimune.
Na
realidade não é um glúten em si o vilão, é uma parte, a gliadina. Chama-se de
gliadina no trigo; hordeína na cevada; avenina na aveia; secalina no centeio. O
Malte também possui uma fração com glúten.
Nos EUA, 15-25% da população está procurando uma dieta livre de glúten (Di
Sabatino e cols, 2012). Segundo a Dra. Vikki Petersen, autora do livro “Gluten
Intolerance”, atualmente o glúten engloba 30-40% da proteína do trigo, quando
no passado era metade disso. Mesmo descartando a doença celíaca, uma boa parte
da população pode apresentar uma sensibilidade do glúten ou a síndrome do
intestino irritável. Por exemplo, no estudo de Kaukinen (2000),
dos 94 indivíduos que relataram desconforto intestinal após ingestão de alimentos
ricos em glúten, 63% dos pacientes relataram benefícios ao adotar uma dieta
livre do mesmo, apesar de não possuírem diagnóstico de doença celíaca. A tendência
da maior ingestão de glúten pela população tem levado a um aumento de
anticorpos antigliadina nos indivíduos, talvez explicando o porquê marcadores
inflamatórios tendem a diminuir após uma dieta livre de glúten.
Um grande estudo duplo-cego com 920 pacientes que se
queixavam de distensões abdominais os submeteram a quatro semanas de dieta
livre de glúten, seguida de uma semana com glúten. Um terço apresentou
sensibilidade clínica ao glúten (Carroccio e cols, 2011).
Aí você pode se perguntar “eu acho que não tenho problemas
com glúten, mas posso me beneficiar em pelo menos diminuir o glúten da minha
dieta?
Claro que sim! Por exemplo, o estudo de Capristo e
colaborados (2009) demonstrou aumento no colesterol bom (HDL) em indivíduos
celíacos após a retirada do glúten da dieta. Noutro estudo, em 2009, do mesmo
autor, a amostra apresentou uma diminuição nos níveis de grelina, o hormônio da
fome (e a grelina é secretada no estômago e no hipotálamo, não se relacionando necessariamente com a doença celíaca).
Eliminando o glúten da dieta, o índice de inflamação no organismo diminui. O metabolismo energético funciona mais adequadamente,
diminuindo a retenção de líquidos, a absorção dos nutrientes torna-se mais
eficiente. Também você notará uma diminuição de gordura e a prevenção de
doenças não transmissíveis, como complicações cardiovasculares (correlacionada
com o nível de inflamação do organismo).
Capristo E, Farnetti S,
Mingrone G, Certo M, Greco AV, Addolorato G, Gasbarrini G. Reduced plasma
ghrelin concentration in celiac disease after gluten-free diet treatment. Scand
J Gastroenterol. 2005 Apr;40(4):430-6.
Capristo E, Malandrino N, Farnetti S, Mingrone G, Leggio L,
Addolorato G, Gasbarrini G. J Clin Gastroenterol. Increased serum high-density
lipoprotein-cholesterol concentration in celiac disease after gluten-free diet
treatment correlates with body fat stores. 2009 Nov-Dec;43(10):946-9.
Carroccio A, Mansueto
P, Iacono G, Soresi M, D’Alcamo A, et al. Non-celiac wheat sensitivity
diagnosed by double-blind placebocontrolled challenge: exploring a new clinical
entity. Am J Gastroenterol (forthcoming), 2011.
Di Sabatino A,
Corazza GR. Nonceliac gluten sensitivity: sense or sensibility? Ann Intern Med 2012;156:309-11.
Kaukinen K, Turjanmaa
K, Mäki M, Partanen J, Venäläinen R, et al. Intolerance to cereals
is not specific for coeliac disease. Scand J Gastroenterol 2000;35:942-6.
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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Bolinho de frango e Brócolis
Já que estávamos falando de ingestão de cálcio e outras fontes de obtê-lo, como nos vegetais verdes-escuros, segue uma receita que fica com um sabor ótimo. Além de ser fonte de proteínas, fibras e carboidratos de baixo impacto. E, pelo sabor, se torna uma forma de fazer as crianças comerem verduras.

Ingredientes:
1 maço de brócolis, de preferência orgânico
4 a 5 colheres de farinha de quinoa real orgânica
500 gramas de peito de frango moído
3 ovos caipira
Corte os brócolis e bata no liquidificador. Depois misture no frango moído, nos ovos e acrescente a farinha de quinoa. Tempere com sal light ou do himalaia, curry e, caso goste de um sabor mais picante, pimenta calabresa.
Faça os bolinhos, coloque na forma e leve ao forno.
Bom Apetite!
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Dia Mundial de Luta contra Aids
Como 1 de dezembro foi o dia mundial de luta contra a Aids, sempre procuro fazer algum post relacionando o blog com o tema. Infelizmente, ainda não possuímos uma cura contra o vírus HIV e a melhor maneira de combatê-la ainda é a prevenção. Mas as medicações existentes hoje fazem com que o portador tenha uma boa qualidade de vida e conviva com o vírus, mas não necessariamente desenvolva a doença. Para isso, são necessários alguns cuidados, como a administração correta dos medicamentos e hábitos saudáveis.
Como uma das manifestações mais evidentes do HIV é a perda de massa magra e, no caso dos medicamentos, algumas pessoas apresentam redistribuição anormal de gordura no corpo, algumas intervenções podem se tornar úteis para evitar esses efeitos. Na suplementação, o beta-hidroxi beta-metilbutirato (HMB), L-arginina e L-ornitina são substâncias usadas com segurança tanto em pessoas saudáveis quanto soropositivas.
No estudo de Karsegard e colaboradores (2004), a suplementação de ornitina melhorou todos os parâmetros de massa muscular e imunológicos. Molfino e colaboradores (2013) demonstraram que a suplementação de HMB melhora a recuperação de traumas musculares em pessoas saudáveis e portadoras de doenças como HIV e câncer.
Rathmacher e colaboradores (2004) utilizaram a suplementação de HMB, glutamina e arginina em pacientes soropositivos. E a suplementação foi associada a melhoras no perfil emocional, hemácias, hemoglobina, hematócrito e linfócitos, além de diminuição de fraqueza muscular. Os autores também concluíram que a suplementação torna-se uma estratégia nutricional saudável e segura, inclusive durante o uso de anti-retrovirais.
E, claro, não podemos deixar de lado a atividade física. Que há tempos tem se mostrado uma grande aliada tanto na melhora da qualidade de vida, parâmetros de massa e força muscular, desordens metabólicas e corporais (lipodistrofia) quanto no restabelecimento do sistema imunológico em pacientes soropositivos (Thöni et al, 2002; Lindegaard et al, 2008; Gomes-Neto, 2013).
Com isso vemos que, além dos anti-retrovirais, que representaram um grande avanço no manejo de pacientes infectados pelo HIV, a suplementação de aminoácidos específicos e a atividade física mostram ser grandes aliados para a melhora da qualidade de vida desses pacientes. E que a luta pela vida com qualidade seja sempre objetivo de todos, sendo soropositivos ou não.
Referências:
Gomes-Neto M, Conceição CS, Oliveira Carvalho V, Brites C. A systematic review of the effects of different types of therapeutic exercise on physiologic and functional measurements in patients with HIV/AIDS. Clinics (Sao Paulo). 2013;68(8):1157-67.
Lindegaard B, Hansen T, Hvid T, van Hall G, Plomgaard P, Ditlevsen S, Gerstoft J, Pedersen BK. The effect of strength and endurance training on insulin sensitivity and fat distribution in human immunodeficiency virus-infected patients with lipodystrophy. J Clin Endocrinol Metab. 2008 Oct;93(10):3860-9. Epub 2008 Jul 15.
Karsegard VL, Raguso CA, Genton L, Hirschel B, Pichard C. L-ornithine alpha-ketoglutarate in HIV infection: effects on muscle, gastrointestinal, and immune functions. Nutrition. 2004 Jun; 20(6):515-20.
Molfino A, Gioia G, Rossi Fanelli F, Muscaritoli M. Beta-hydroxy-beta-methylbutyrate supplementation in health and disease: a systematic review of randomized trials. Amino Acids. 2013 Dec;45(6):1273-92. Epub 2013 Sep 22.
Rathmacher JA, Nissen S, Panton L, Clark RH, Eubanks May P, Barber AE, D'Olimpio J, Abumrad NN. Supplementation with a combination of beta-hydroxy-beta-methylbutyrate (HMB), arginine, and glutamine is safe and could improve hematological parameters. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2004 Mar-Apr;28(2):65-75.
Thöni GJ, Fedou C, Brun JF, Fabre J, Renard E, Reynes J, Varray A, Mercier J. Reduction of fat accumulation and lipid disorders by individualized light aerobic training in human immunodeficiency virus infected patients with lipodystrophy and/or dyslipidemia. Diabetes Metab. 2002 Nov;28(5):397-404.
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