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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Resultados

E aqui vamos para a terceira semana e a bioimpedância indicou:

Ganho de 920 gramas de massa muscukar
Perda de 400 gramas de gordura

High Intensity Training (HIT)
Saiba mais sobre HIT
http://personalrafael.blogspot.com.br/2011/10/hit-high-intensity-training.html

Suplementação
Muscle Marinade
Whey Isolado






quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Reportagem na Revista Veja sobre Chocolate

Quando li a reportagem na Revista Veja sobre o consumo de chocolate com a manchete "Pode comer sem culpa", pensei: e lá vai o pessoal ingerir açúcar colocando a culpa na revista e na ciência. E sabem por quê? Porque raríssimas pessoas observam o valor nutricional dos alimentos na hora da compra. Pode parecer chato no início, mas é sua saúde e estética que está em jogo. A começar pelas famosas barrinhas de cereais, algumas são verdadeiros depósitos de açúcar e mel com elevado índice glicêmico e muitas pessoas comem pensando estar fazer a coisa mais saudável do mundo. Caso lêssemos a composição, conseguiríamos separar o trigo do joio. Mas vamos ao chocolate. Esse post é especial para aqueles que não conseguem ficar sem comer um pedaço de chocolate por muito tempo.
Ponto interessante e com um grande espaço na reportagem foram os flavonóides encontrados no chocolate e em diversos alimentos. Realmente, os flavonóides contidos no chocolate são importantes aliados para manutenção da nossa saúde, prevenindo acidentes cardiovasculares, cânceres, diabetes... sua ação anti-inflamatória é importante inclusive para quem faz atividades físicas no processo de recuperação muscular. Mas cuidado com o que vem junto com o pacote todo, porque os malefícios podem superar os benefícios. Por exemplo, do que adianta os flavonóides ajudarem a combater o diabetes se a quantidade de açúcar é enorme?
Bom, primeiramente muitíssimo cuidado com os rótulos diet e light. O primeiro é a supressão de algum ingrediente, o segundo é a diminuição. E pode ser gordura ou açúcar. O problema é que, para equilibrar o sabor, quando se retira ou diminui um ingrediente, aumenta o outro. Por exemplo, diminuindo ou retirando o açúcar, aumenta-se a gordura.
Observem o valor nutricional de um chocolate ao leite famoso:



Agora de um chocolate light:



  

















A vantagem é que tem bem menos açúcar que a versão normal, embora a quantidade de carboidratos tenha diminuído pouco. No entanto, a quantidade de gordura aumentou. E as fibras aumentaram muito pouco, ou seja, mesmo reduzindo muito o açúcar, a composição de carboidratos ainda não é das melhores.
Agora observem a informação nutricional de um chocolate diet:

Muita pouca diferença em relação ao light, mesmo não sendo utilizado açúcar e mantendo os açúcares naturais dos ingredientes. Observem que a quantidade de gordura aumentou ainda mais.
O que devemos enfatizar se você gosta de consumir pelo menos um pouco de chocolate por dia é o fato de ter o costume de sempre preferir os com quantidades maiores de cacau. Como diz na revista "um tablete desse tipo com 45 gramas (ou seja, acima de 65% na concentração de cacau) possui, em média, 54 miligranas de flavonóides. Na versão ao leite (em média, 25% de cacau), essa quantidade chega, no máximo, 13 miligramas."
Observem a informação nutricional de um chocolate amargo (70% cacau):
Embora a quantidade de gordura tenha aumentado um pouco, a quantidade de fibras aumento consideravelmente. Proteínas também apresentaram um aumento significativo. Mas de qualquer forma, é um alimento para consumir com parcimônia, visto o valor energético.
Há algumas marcas que recomendo por conta do sabor e , sobretudo, informação nutricional. Por exemplo, o Lindt suíço:



Embora ele tenha uma quantidade relativamente grande de gordura, naturalmente porque ele possui uma grande quantidade de cacau, uma boa parte delas são gorduras "boas" e a quantidade de carboidrato muito pequena, inclusive dos açúcares presentes naturalmente nos ingredientes. Igualmente, atenção à quantidade, porque não é um alimento de valor energético reduzido.
Outro do universo dos chocolates que recomendaria é o Chocolife, sobretudo o 70% cacau.
Não possui glúten, açúcar, lactose, possui uma quantidade de gordura na média dos chocolates com muito menos cacau e possui mais fibras alimentares que muita barrinha de cereal.

Mas caso você ainda não acostumou seu paladar a altos teores de cacau e inevitavelmente cai na tentação do chocolate ao leite, pense na possibilidade do chocolife ao leite. Vejamos o valor nutricional:
Ele possui menos cacau, consequentemente menos gordura (e também menos fibras, embora em quantidade ainda maior que as versões ao leite, light e diet que vemos no mercado). Também não possui açúcar e glúten.

Repito que esse post foi feito com o intuito de ajudar a discernir a informação nutricional contida nos alimentos. Consulte seu nutricionista/nutrólogo/endócrino antes de pensar que está totalmente liberado o consumo de chocolate. Mas vamos aprender a ler as informações nutricionais e ter consciência do que estamos fornecendo ao nosso corpo.




terça-feira, 8 de outubro de 2013

Resultados

Em menos de 3 meses, mais de 4 quilos de massa muscular.
High Intensity Training tem que saber fazer, mas o resultado vem.
Clique AQUI e veja na Página do Facebook mais resultados dos meus alunos.


Flexão de cotovelos - Bíceps estilo HIT

Segue vídeo explicativo sobre rosca Bíceps estilo High Intensity Training. Sugiro que o vídeo seja aberto no youtube para aparecerem melhor as anotações.
Bons Treinos!!!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Excêntrica na elevação lateral - a contração esquecida



Vocês já observaram que a maioria das pessoas simplesmente não realizam a fase excêntrica da elevação lateral e frontal. Simplesmente levantam o peso do ponto A ao ponto B e na fase excêntrica apenas deixam o peso cair na tendência do movimento.
Levantamento de peso é uma coisa, musculação com fins estéticos (inclusive o culturismo) é outro tipo de treinamento. A musculatura deve ser estressada.
Veja o vídeo no youtube para ler todas as anotações.

Vá no Facebook, curta e compartilhe os posts: www.facebook.com/personalrafaelaugusto

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Massa de aveia

Para ilustrar o post anterior, a receita de uma massa de aveia. Ela pode ser utilizada de acordo com sua criatividade, ou seja, pode fazer uma pizza, uma panqueca e até uma lasanha saudável com ela.
Eu escolhi fazer uma panqueca com salmão cru. No lugar de cream cheese, usei creme de ricota light.
Atenção, quem tem intolerância a glúten, pode substituir a aveia por farinha de arroz integral.
Massa com carboidrato de baixo índice glicêmico.



Para cada 4 ovos, 10 colheres de sopa de farinha de aveia.
Temperos: curry, açafrão (leia sobre sua importância para quem treina), sal light e pimenta calabresa a seu gosto.
Bata tudo no liquidificador e despeje sobre uma frigideira untada com óleo de coco. Coloque em fogo baixo.

Simples e rápido.
Bom apetite.

Carboidrato e a hipertrofia muscular

Olá, amigos!
Sempre vejo muita gente com um medo enorme de ingerir carboidratos. E muitas delas querem hipertrofiar, porém não ganhar gordura. Pensando nisso publicarei aqui dois textos do Médico Nutrólogo Dr. Luciano de Castro sobre isso. Visitem também sua página no Facebook: https://www.facebook.com/drlucianodecastro
Boa leitura e bons treinos!

Me indica um suplemento garantido para promover ganho de massa !!?? Essa é a pergunta que eu mais escuto. Por isso hoje resolvi editar esse post e falar de maneira bem direta.
Ao contrário do imaginário popular, a melhor maneira de fazer os músculos crescerem não é ingerir grandes quantidades de proteínas, seja em forma de suplementos proteicos ou mesmo quilos e quilos de filé de frango todos os dias. O excesso de proteínas é convertido em carboidrato para a produção de energia e depois em gordura, para ser armazenada. E esse é o principal problema do carboidrato: não saber usá-lo e acabar engordando.
O modo correto de promover o crescimento muscular é elevar a exigência de esforço ao qual os seus músculos são submetidos regularmente. Se exercitando adequadamente os músculos vão assimilar os nutrientes que necessitam para crescer. Portanto quanto maior o trabalho físico feito, maior o crescimento induzido. E para fazer os músculos trabalharem no seu potencial máximo, o combustível correto deve ser fornecido: Leia-se CARBOIDRATO.
Desenvolver músculos requer um programa de treinamento de força, e uma grande quantidade de energia para esse esforço – e o melhor fornecedor é o carboidrato. Ele é o combustível mais utilizado pelo organismo, o nutriente de escolha do corpo para fornecer energia ao funcionamento das células musculares. Se o crescimento muscular vem do esforço que o músculo precisa fazer, como fazer esforço sem carboidrato para fornecer energia ??
O carboidrato digerido é convertido em glicose para utilização imediata. O excedente é convertido em glicogênio e fica armazenado nos músculos e fígado, podendo ser prontamente revertido a glicose. Quando há falta de carboidrato os músculos ficam cansados e pesados. O carboidrato possibilita então a capacidade de treinar pesado, incrementando o desenvolvimento muscular.
Ingerir carboidratos e treinar mais pesado vai me fazer crescer os músculos ? GARANTIDAMENTE SIM !!! Porém há que se tomar alguns cuidados pois esse nutriente tem efeitos colaterais se não for bem utilizado.

Há que se considerar então:

1. A QUANTIDADE DO CARBOIDRATO

- Existe um limite para a quantidade de carboidratos armazenáveis pelo organismo. Uma vez que se ultrapassa a quantidade possível de ser armazenada sob a forma de glicogênio, o fígado transforma o excesso em gordura, e deposita debaixo da pele e em outras regiões do corpo. Essa quantidade de glicogênio armazenável depende de vários fatores, de pessoa para pessoa, mas vale a pena destacar a quantidade de massa muscular. Quanto mais musculosa a pessoa for, maior a quantidade de glicogênio ela consegue armazenar, e menor a chance de haver conversão em gordura. Existem contas precisas e individuais para se determinar a quantidade exata de carboidrato que uma pessoa deve ingerir evitando o excesso, levando-se também em conta a programação de hipertrofia, manutenção de peso ou perda de gordura.

2. A QUALIDADE DO CARBOIDRATO

- Nem todo tipo de carboidrato é apropriado para criar massa muscular. Os tipos certos vem de alimentos integrais, não refinados, como frutas, legumes, verduras e grãos integrais. Também o carboidrato do leite e derivados. Em geral os bons carboidratos devem ser ricos em fibras, ter baixas taxas glicêmicas (geralmente os alimentos integrais, os não cozidos, os sólidos, os que contém mais fibras, e os de porções menores tem menor índice glicêmico e são mais adequados para serem ingeridos longe da atividade física). ÍNDICE GLICÊMICO é a palavra chave aqui. Falarei mais sobre ele na próxima postagem, dando alguns exemplos.

3. O MOMENTO DO CONSUMO

- O momento da ingesta do carboidrato, relacionado ao exercício, pode fazer grande diferença. O carboidrato oferece uma vantagem energética quando consumido imediatamente antes ou durante o exercício intenso, e quanto mais pesado se consegue treinar, maior é o estímulo para o desenvolvimento muscular.

4. A PERIODIZAÇÃO QUE VOCÊ ESTÁ

- Os objetivos do treinamento – ganho de massa muscular ou perda de gordura – devem ser levados em conta, bem como os sinais de cansaço do corpo. A ingestão de carboidrato deve ser calculada de acordo com os objetivos e os níveis de energia do corpo.

Durante o treinamento de força o glicogênio de depósito é retirado para repor energia. Na medida em que se treina os níveis de glicogênio vão diminuindo. De acordo com pesquisas, o consumo do glicogênio se limita aos músculos envolvidos no exercício. Por isso o treinamento intenso esgota os músculos exercitados.
Depois de um exercício pesado é necessário que os músculos se recuperem, ou seja, que reponham o glicogênio muscular. Quanto melhor a recuperação, melhor a capacidade para treinar novamente. Imediatamente após o exercício é o momento onde as células musculares estão mais sensíveis a insulina, um hormônio que promove a produção de glicogênio. É por isso que se deve ingerir carboidrato junto com proteína imediatamente após o exercício físico (lembrar que a proteína ajuda a iniciar a fabricação de glicogênio).
A suplementação liquida de carboidratos é um excelente meio de repor esse glicogênio, e com isso propiciar maior recuperação muscular e melhor preparo para uma futura sessão de treino mais intenso, portanto mais hipertrofia. É também uma boa maneira de consumir calorias quando a pessoa não está com muita fome, especialmente depois de um treino pesado. Além disso os nutrientes líquidos são assimilados com mais rapidez do que os provenientes de alimentos sólidos.
Fatores como idade, sexo, tipo de treinamento e periodicidade dos objetivos são fundamentais na hora de determinar quanto e quais carboidratos cada pessoa deve ingerir. Não tenho como dizer aqui de maneira padronizada a quantidade ideal a ser consumida por cada um, e por isso o acompanhamento especializado e personalizado é fundamental. Depois de determinados esses valores, a sugestão é fazer uma refeição líquida que conste de carboidrato e proteína na proporção de até 3:1 (três partes de carboidrato para uma parte de proteína), imediatamente após o exercício. O carboidrato é o material de reposição e a proteína o de construção muscular. ESSA COMBINAÇÃO É O SUPLEMENTO MAIS EFETIVO PARA COLABORAR COM A SUA HIPERTROFIA MUSCULAR.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Receita de bolo Zero Açúcar e Zero Lactose

Há dias em que aparece aquela vontade de comer doces. Para uma reeducação alimentar, você não precisa abolir o sabor na sua alimentação.
Pensando nisso, também colocarei no blog algumas receitas que crio ou aprendo em cursos de culinária bodybuilding.
Vamos agora para o bolo zero açúcar, zero lactose. Quantidade razoável de proteínas, carboidratos de baixo índice glicêmico e antioxidantes!

200 mL de leite de coco light sem açúcar
100 mL de leite ZERO lactose
8 claras de ovos
50 gramas de farinha de aveia
4 colheres de chá de cacau puro
4 colheres de sopa de achocolatado GOLD zero açúcar
2 colheres de chá de fermento
1 pacote de preparo para bolo zero açúcar/zero lactose

Antes de colocar o preparo para bolo, bate todos os ingredientes na batedeira. Após misturar bem, vá colocando o preparo aos poucos e batendo para misturar bem. Adoce à gosto e coloque no forno médio até ficar com a consistência que deseja.
Bom apetite! 


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Vídeo - Encolhimento de ombros estilo HIT

Vejam o vídeo e as dicas.
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sábado, 21 de setembro de 2013

Novidades

Essa semana começamos (inclusive eu) o projeto Verão. Não que tenhamos esquecido de treino e alimentação durante o ano. Mas essa é época de perder alguma gordura que se tenha ganho durante o ganho de peso nessa época do ano.
E também segunda-feira teremos novos vídeos no canal do youtube. Aguardem.



Treinando

Aula na Academia Bodytech - Sede Shopping Eldorado

Projeto Verão Iniciando...

.... e os alunos também entrando nessa.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Açafrão e hipertrofia muscular

.
Açafrão ajuda na hipertrofia muscular?

Os benefícios do açafrão na saúde têm sido demonstrados na literatura científica com muito sucesso. Além dos benefícios cardio-protetores relacionados à preservação da função cardíaca, propriedades anti-inflamatórias e combate a radicais livres, o açafrão ajuda a melhor a captação de glicose pelo músculo e a sensibilidade da célula muscular à insulina (um benefício aos diabéticos). Tudo isso ajudaria no metabolismo durante o exercício, na recuperação muscular tanto pela reposição de glicogênio hepático/muscular quanto nas respostas de IGF-1 pós-exercício e no combate a radicais livres induzidos pelo exercício.
Por isso, tempere sua comida com açafrão à vontade.

Bons Treinos! 

Referências:

Kang C, Lee H, Jung ES, Seyedian R, Jo M, Kim J, Kim JS, Kim E. Saffron (Crocus sativus L.) increases glucose uptake and insulin sensitivity in muscle cells via multipathway mechanisms. Food Chem. 2012 Dec 15;135(4):2350-8. doi: 10.1016/j.foodchem.2012.06.092. Epub 2012 Jul 3.

Sachdeva J, Tanwar V, Golechha M, Siddiqui KM, Nag TC, Ray R, Kumari S, Arya DS. Crocus sativus L. (saffron) attenuates isoproterenol-induced myocardial injury via preserving cardiac functions and strengthening antioxidant defense system. Exp Toxicol Pathol. 2012 Sep;64(6):557-64. doi: 10.1016/j.etp.2010.11.013. Epub 2010 Dec 8.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Cookies de amendoim, albumina, aveia e leite de coco

Você está com vontade de comer doce, mas não pode. Faça essa receita e coma sem culpa.

Receita:

Triture 400 mg de amendoim e reserve metade.
Acrescente 100 mL de leite de coco;
50 gramas de farinha de aveia;
2 scoops de albumina;
3 ovos;
Acrescente leite até ficar com uma consistência mais líquida (em torno de 100, 150 mL, eu usei leite zero lactose). Adoce com Stevia ou Sucralose à gosto.
Coloque tudo numa panela, acrescente a outra metade do amendoim triturado e vá mexendo até criar uma consistência cremosa.
Depois unte uma forma e vá fazendo os cookies no tamanho que preferir e leve ao forno médio até ficar crocante (sugiro virar para não queimar na parte de baixo). Ou coloque numa travessa e leve ao microondas.
Bom apetite!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Kettlebell ou treinamento de força tradicional?

Kettlebell é um equipamento utilizado para o treinamento físico que tem chamado muita atenção e ganhando adeptos no mundo fitness. Sua proposta é trabalhar força em grande amplitude de movimento, amplificando esse ganho através do reflexo de estiramento; além de melhorar potência muscular e agilidade. Também colocaria em evidência as fraquezas individuais e assimetrias, visto que os gestos são executados unilateralmente, detectando assimetrias e compensações. Esse tipo de treinamento data da Europa no século XVI, mas foi na Rússia czarina que teve seu uso difundido.
No Brasil, métodos de treinamento como funcional e com kettlebells estão se tornando a "modinha" atual do fitness. Como geralmente em toda década há alguma. Quem lembra da ginástica de academia nos anos 80? Ou as aulas de step nos anos 90? E o sistema body systems no final dos anos 90 e início dos anos 2000?
Pensando nisso, começaram a aparecer estudos controlados comparando os sistemas de treino tradicionais com as novas vedetes. Como o de Otto e colaboradores, publicado em maio de 2012, que comparou as adaptações entre o treinamento de força tradicional e exercícios com os kettlebells. Em ambos os protocolos foi seguida uma periodização linear. Os resultados mostraram que em ambos os casos houve aumento de força, porém no grupo de treino de força tradicional esse aumento foi mais significativo.
Vejam bem os defensores desse tipo de treinamento, não estou negando a importância, muito menos criticando o método. Todo tipo de atividade física que as pessoas se propuserem a realizar é benéfico. O que sou contra é a maneira como se vende as vedetes da vez no fitness. Por exemplo, treinamento funcional tem seu foco na melhora da capacidade FUNCIONAL. O que é muito importante, claro. Mas não se deve prometer milagres na estética corporal, por exemplo. Treinamento funcional, kettlebells são excelentes aliados no treinamento físico, mas cuidado com os exageros na propaganda. 

Otto WH 3rd, Coburn JW, Brown LE, Spiering BA. Effects of weightlifting vs. kettlebell training on vertical jump, strength, and body composition. J Strength Cond Res. 2012 May;26(5):1199-202. 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Reportagem "A Revolução dos Músculos" - Revista Veja


Quando vi a capa da revista Veja, a “Revolução dos Músculos” em que falava sobre o treinamento de Alta Intensidade, como admirador do método de treinamento, fiquei curioso. Porém, quando li a reportagem, fiquei decepcionado por vários motivos. 
Primeiro por eles não terem citado Arthur Jones como um dos encorajadores do treinamento de alta intensidade e curta duração nos anos 1960-1970. Enquanto os culturistas famosos ficavam horas nos ginásios, Arthur Jones, após financiar pesquisas por 30 anos, publicou os princípios do treinamento Nautilus nos anos 70 (desenvolvendo então o método de treinamento HIT – High Intensity Training). Ele foi um dos primeiros a utilizar os termos “treinamento até o fracasso” e “habilidade de recuperação”. No início dos anos 70, treinou Casey Viator, que ganhou o Mister America com apenas 19 anos nas categorias pesada e overall. Também sendo treinado por Arthur Jones foi que Mike Mentzer ganhou o Mister Universo em 1978, único até então com escore perfeito em todos os quesitos.
Enfim, outros pontos merecem ser ponderados na reportagem. Por exemplo, sobre os treinamentos de 7 minutos. Concordo que seria melhor do que ser sedentário. Mas no sentido estética corporal, ainda não são os melhores. Assim como a nova febre do fitness, o treinamento funcional. Como eu sempre digo, treinamento funcional melhora a capacidade FUNCIONAL, estética já é outro assunto. Claro que o treinamento funcional pode ser um excelente aliado no treinamento, mas não concordo como ele tem sido vendido por muitos como responsável por modificações estéticas milagrosas ou por ter um número bem menor de lesões comparado a um treinamento de força bem conduzido.
Voltando ao treinamento de intensidade publicado pela revista Veja, mais ressalvas. O indivíduo que nunca treinou em alta intensidade ou nunca praticou atividade física, além de não possuir estruturas muscular, articular e proprioceptivas necessárias para esse tipo de treinamento, normalmente não consegue chegar em 100% de intensidade. Simplesmente porque não está metabolicamente acostumado a isso, ainda não consegue trabalhar com elevados níveis de lactato sanguíneo. Adaptando-se ao treinamento, se vai tolerando intensidades cada vez maiores.
Outro ponto a destacar é o uso dos Kettlebells. É um excelente aliado para desevolvimento de força, potência, resistência e equilíbrio. Sua existência data  desde o século XVI na Europa, mas sua utilização para desenvolvimento de aptidões físicas foi destacada na Rússia czarina. Porém, na reportagem da Veja, a impressão que se tem é que qualquer um pode se exercitar com kettlebells e sem orientação. Existe um curso para que a pessoa formada em Educação Física possa ministrar aulas com kettlebells e, vale lembrar, nem todos possuem estrutura articular que suporte uma sessão de treinamento dessas. Não existe exercício bem orientado ruim, mas sim pessoas que não podem realizar alguns exercícios, pelo menos sem um preparo prévio para isso.
Acho interessante que os meios de comunicação colocam a prática de atividades físicas na mídia, estimulando a população a tal. Porém, em muitos casos, as modinhas do fitness são apresentadas de forma milagrosa, além de poucas destacaram a orientação profissional como ponto crucial. Lembrem-se que cada corpo tem sua individualidade e tudo que é genérico deve ser visto com parcimônia.

Bons Treinos!!!


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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Metabolismo e tempo sob tensão

Como no post passado falamos sobre queima de gordura e carboidratos de acordo com o pesquisador alemão Keul, vamos utilizar mais um gráfico dele para analisar outras rotas e correlacionar sua importância com a musculação. Lembrando novamente que os gráficos se referem sempre a 100% de intensidade, ou seja, a intensidade máxima tolerada para o tempo de atividade.



No gráfico vemos a importante contribuição do sistema creatina-fosfato em atividades de altíssima intensidade, toleradas até 10 ou 20 segundos. Nesse caso estão os atletas de 100 m e também treinos de musculação onde o foco é no aumento de força. É claro que também provoca adaptações como hipertrofia muscular, mas predominante a chamada “hipertrofia proteica” através de sobrecarga tensional (adaptação do volume do tecido muscular mais lenta de ocorrer, porém igualmente mais lenta de acontecer em períodos de destreino).
Vejam que a partir de 30 segundos até 3 minutos é onde há predominância do metabolismo anaeróbico. E é nessa faixa, mais precisamente em intensidades máximas que permitam uma atividade de 30, 40 segundos a 1 minuto e 30 segundos que são realizados a grande maioria dos treinos de musculação com objetivo na hipertrofia muscular, seja ela proteica ou sarcoplasmática (aumento dos estoques de glicogênio). E aqui vai um ponto importante a ressaltar e que já foi citado nesse blog, que é a cadência do movimento. Para quem acha que colocando apenas anilhas na barra e fazer as repetições correndo estará realizando trabalho de hipertrofia, está enganado. Cronometre quanto tempo dura a série desses ditos marombeiros que acham 8 a 12 repetições o “número mágico da hipertrofia”. Eu mesmo, de longe já cronometrei a série de uma pessoa qualquer na academia e a série de 12 repetições durou 25 segundos.
Logo, a série deve ser cadenciada, com movimentos controlados, de maneira que seu trabalho dure entre 30 segundos a 1 minuto e 30 segundos (trabalho esse chamado de tempo sob tensão). Claro que a faixa de tempo é grande e dentro disso, ainda há divisões. Trabalhando cada vez mais perto de 1 minuto e 30 segundos, estaremos dando foco na resistência muscular. Acima disso, mesmo tendo como predominância a rota anaeróbica, observem que o metabolismo aeróbico começa a aumentar sua contribuição (glicólise aeróbica), o que não resulta em grandes ganhos em hipertrofia muscular.

Pensem nisso e bons Treinos!

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terça-feira, 30 de julho de 2013

Queimar gordura somente após 20 minutos? Verdadeiro ou Falso?

Uma informação que muitas das pessoas que frequentam academia já devem ter ouvido na vida é que só se queima gordura somente após 20 minutos de exercício aeróbico. E então, isso é verdadeiro ou falso?
Falso! Na realidade, essa informação vem de um gráfico mal interpretado. Por isso acho perigoso, caso não sejam bem explicadas as informações, que estudos científicos sejam passados nos meios de comunicação por pessoas que não são da área de estudo.
Vejamos o gráfico:



Obviamente, se qualquer pessoa olhasse esse gráfico diria que a afirmação acima seria verdadeira e eu estaria errado. Porém, como eu disse, quando uma informação científica aparece nos meios de comunicação sem ter alguém da área para interpretá-la e o pior, sem ter lido o estudo, aparecem os erros.
O gráfico do pesquisador alemão Keul representa níveis de esforço máximo. Ou seja,  a oxidação ou “queima” de gordura se dá em atividades na qual a intensidade as permitam que sejam realizadas acima de 20 minutos. Atividades mais intensas, onde não se tolera mais de 20 minutos, a predominância do metabolismo é a oxidação de carboidratos. Note também que eu usei a palavra predominância, visto que o metabolismo energético não é algo estático e fixo. Seja em repouso ou em atividade, todos os sistemas energéticos estão operando. Mas uns em maior magnitude que outros. E isso é definido pela INTENSIDADE do exercício. Caso se realize uma atividade física leve a moderada, o metabolismo energético predominante derivará dos lipídeos, desde o início da atividade.

Então, atenção amigos! Célula não tem relógio, o metabolismo energético é regulado pela INTENSIDADE!

Bons Treinos!!!

domingo, 28 de julho de 2013

Carboidrato à noite engorda?

A resposta é o que as pessoas odeiam escutar: depende.
Na realidade o que vai colaborar de maneira mais significativa para o emagrecimento é gastar mais energia do que consumir e a qualidade desses alimentos. No que se refere a carboidratos, por exemplo, os únicos momentos em que seria interessante um índice glicêmico maior seria de manhã (após o jejum noturno e, principalmente se você treina de manhã) e após o treino. Esses são momentos em que o organismo está ávido por carboidratos e repor o glicogênio muscular. Reside também o fato de que um aumento da insulina nessas ocasiões contribui para abaixar o cortisol, o hormônio catabólico. E, como o organismo requer carboidratos, dificilmente essa energia será convertida em gordura.
Por exemplo, no estudo recente de Alves e cols (2013), não foram encontradas diferenças na composição corporal se os carboidratos foram consumidos mais cedo ou mais tarde.
Obviamente, altas na glicemia e insulina em outros momentos do dia, onde seu corpo não requeira muita energia, não são necessárias nem pelo ponto de vista estético, nem pelo ponto de vista metabólico (como o risco de desenvolvimento de resistência à insulina e diabetes).


Agora, não há evidências que consumindo um carboidrato de baixo índice glicêmico ou baixa carga glicêmica de noite possa atrapalhar sua secreção de hormônio do crescimento. Até porque em condições normais, em que não se tenha resistência à insulina, essa responde em torno de uma hora após a refeição e logo em seguida retorna aos níveis basais. E essa elevação é menor ainda se o carboidrato possuir uma carga glicêmica baixa.
Um estudo recente, realizado em cavalos (Gray e cols, 2013), constatou que o grupo que consumiu carboidratos um pouco antes do sono noturno teve seu pico postergado em comparação ao grupo que não consumiu. Porém, nas horas subsequentes, o pico de Gh do grupo que consumiu carboidratos superou o do grupo que não consumiu. Ou seja, a liberação dos dois grupos foi equilibrada, mudando apenas o timing. Lembrando que carboidrato libera serotonina, que é convertida em melatonina = melhora da qualidade do sono).
Em 2012, Salgin e cols demonstraram que períodos muito longos em jejum não alteram em nada a liberação de Gh. Mesmo ocorrendo uma maior mobilização de ácidos graxos na corrente sanguínea (atenção para mobilização, não consumo), isso não afetou a secreção de Gh, sugerindo que o jejum tem um papel limitante na liberação de Gh. Afinal, em períodos de jejum, o organismo entra num estado de “economia de energia”. E, diminuindo as reservas de glicogênio, recorre-se à gliconeogênese (convertendo proteínas em glicose para ativar a queima de gorduras); em miúdos, faz você perder músculos.
Portanto, não existe a fórmula mágica. O essencial continua sendo caprichar na qualidade de sua alimentação e não seguindo fórmulas sem embasamento científico algum.

Referências
Alves RD, de Oliveira FC, Hermsdorff HH, Abete I, Zulet MA, Martínez JA, Bressan J. Eating carbohydrate mostly at lunch and protein mostly at dinner within a covert hypocaloric diet influences morning glucose homeostasis in overweight/obese men. Eur J Nutr. 2013 Feb 7.

Gray SM, Bartell PA, Staniar WB. High glycemic and insulinemic responses to meals affect plasma growth hormone secretory characteristics in Quarter Horse weanlings. Domest Anim Endocrinol. 2013 May;44(4):165-75. doi: 10.1016/j.domaniend.2013.01.004. Epub 2013 Feb 10.

Salgin B, Marcovecchio ML, Hill N, Dunger DB, Frystyk J. The effect of prolonged fasting on levels of growth hormone-binding protein and free growth hormone. Growth Horm IGF Res. 2012 Apr;22(2):76-81. doi: 10.1016/j.ghir.2012.02.003. Epub 2012 Mar 3.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Treino de força com Oclusão Vascular na reabilitação


Mais um artigo recente sobre oclusão vascular no treinamento de força. Dessa vez o modelo de treinamento foi utilizado num estudo de caso por um culturista profissional durante o processo de reabilitação de uma fratura osteocondral no joelho (tipo de lesão que atinge as estruturas cartilaginosas da articulação).

O paciente então iniciou o treinamento com baixa carga (50% RM), utilizando oclusão vascular, a fim de manter a massa muscular e a estabilização articular. Porém, ao final do tratamento, radiografias indicavam que houveram também benefícios no sistema articular e ósseo. Com isso, o estudo sugere que esse tipo de estratégia possa ser utilizado com sucesso em processos de reabilitação. 

Referência:
Loenneke JP, Young KC, Wilson JM, Andersen JC. Rehabilitation of an osteochondral fracture using blood flow restricted exercise: a case review. J Bodyw Mov Ther. 2013 Jan;17(1):42-5. doi: 10.1016/j.jbmt.2012.04.006. Epub 2012 May 3.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Cadência de movimento, hipóxia e hormônios

Há alguns post anteriores comentei que, recentemente, os estudos têm encontrado maior correlação de hipertrofia muscular com as respostas agudas de Hormônio do Crescimento (Gh) e IGF-1 após o treino do que com as respostas agudas de testosterona. Como também já postei aqui sobre treinamento de força de força com oclusão vascular (provocando  hipóxia ou falta de oxigênio no músculo), mais pesquisadores têm demonstrando aumentos agudos significativos de Gh em exercícios que provocam hipóxia muscular.
Em 2006, por exemplo,  Tanimoto e colaboradores usaram 24 homens, divididos em grupos de movimento lento (50% de 1 repetição máxima – RM - , 3 segundos na fase excêntrica e 3 segundos na fase concêntrica do movimento, com 1 segundo de isometria, sem relaxar a musculatura), alta intensidade (80% de 1RM, 1 segundo em cada fase do movimento, com 1 segundo de pausa, descansando a musculatura) e o grupo de baixa intensidade (50% de 1RM com a velocidade de movimento igual ao do grupo de alta intensidade). Os grupos de movimento lento e  alta intensidade obtiveram aumentos na massa muscular e força máxima. O grupo com movimentos lentos apresentou maior atividade e restrição de oxigênio nos músculos.
Analisando pela mesma porcentagem de carga (50% 1RM) e em idosos, Watanabe e colaboradores (2013) mostraram que ambas as cadências de movimento fez com que a amostra aumentasse força, mas o grupo que realizou os movimentos numa cadência mais lenta obteve maiores ganhos de massa magra.

Então, pessoal. Desde o início desse século, um grupo de japoneses tem pesquisado sobre os efeitos da hipóxia muscular durante os treinos nas respostas de hipertrofia muscular. Tenho estudado esse assunto desde essa época. E, na prática, tenho obtidos bons resultados.  Ainda não há um consenso sobre as causas desse fenômeno, mas acredito que em breve teremos muitas novidades por aí.
Bons treinos!


Referências

Tanimoto M, Ishii N. Effects of low-intensity resistance exercise with slow movement and tonic force generation on muscular function in young men. J Appl Physiol. 2006 Apr;100(4):1150-7. Epub 2005 Dec 8.

Watanabe Y, Tanimoto M, Ohgane A, Sanada K, Miyachi M, Ishii N. Increased muscle size and strength from slow-movement, low-intensity resistance exercise and tonic force generation. J Aging Phys Act. 2013 Jan;21(1):71-84. Epub 2012 Jul 24.