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sábado, 2 de outubro de 2010

Sarcopenia


Sacorpenia é um processo generalizado de perda da massa, força e função musculares que ocorre em função da idade. Com o crescimento da população idosa, vem crescendo o interesse em frear seus efeitos.

Um recente artigo fez um “guidelines”, ou seja, um guia de intervenção para sarcopenia baseado na literatura científica recente. E uma das conclusões é de que o treino contra resistência permanece como a mais efetiva intervenção para a sacorpenia (Burton & Sumukadas, 2010). Ou seja, cada vez mais a comunidade científica vem dado valor ao treinamento com pesos. Embora ainda haja várias idéias ultrapassadas sobre a popularmente chamada musculação, como “só aeróbicos emagrecem”, “musculação é só para gente nova”, “idosos e hipertensos não devem fazer musculação”, a comunidade científica vem comprovando exatamente o contrário.
Por isso, mande já sua vovó e seu vovô puxar um ferro.
Até a próxima
Referência
Burton LA, Sumukadas D. Optimal management of sarcopenia. Clin Interv Aging. 2010 Sep 7;5:217-28.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Recente pesquisa sobre oclusão vascular

Efeitos da Hipoxia Aguda nas Respostas Metabólicas e Hormonais ao Treino contra Resistência

Diversos estudos recentes têm demonstrado que o treino contra resistência (popularmente conhecido por “musculação”) combinado com oclusão vascular efetivamente provoca aumentos na massa e força musculares. Pesquisas especulam que a oclusão vascular provoca uma hipoxia local, podendo contribuir para adaptações através da secreção de hormônios anabólicos. Essa secreção hormonal pode ser estimulada através do acúmulo local de subprodutos metabólicos. Assim, o estudo a seguir examinou o efeito agudo (logo após o treino) que a hipoxia sistêmica provoca nas respostas metabólicas e hormonais decorrente de um treinamento contra resistência.

Para isso, doze homens participaram de dois testes:
1) Treino contra resistência respirando ar natural em relação à concentração de oxigênio (20%) (NR);

2) Treino contra resistência respirando ar com 13% de oxigênio (HR).

Os exercícios foram supino reto e pressão de pernas com 5 séries de 10 repetições a 70% de uma repetição máxima e 1 minuto de intervalo entre as séries. As concentrações de lactato sanguíne
o, hormônio do crescimento (Gh), epinefrina (E), norepinefrina (NE), fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1), testosterona e cortisol foram avaliados antes dos protocolos, 15 minutos após a exposição ao ar de cada um dos experimentos e 0, 15, 30 e 60 minutos após os exercícios.
Lactato aumentou em ambas as condições. Gh e cortisol aumentou no grupo HR, mas não no grupo NR antes do protocolo de exerício. As concentrações de E, NE, IGF-1 e testosterona aumentaram em ambos os grupos. As concentrações de lacato, Gh, E e NE após o exercício aumentou com maior magnitude no grupo HR.

Esses achados sugerem que o treino contra resistência em condições de hipoxia provoca grande acúmulo de metabólitos e maior resposta de hormônios anabólicos.

Comentário

Desde o início da década, pesquisadores demonstraram-se interessados em estudar a oclusão vascular no treinamento de força (Takarada et al., 2002) por ser uma maneira eficiente e segura de induzir adaptações metabólicas importantes (em se tratando de respostas agudas, interessantes aumentos nas concentrações de Gh), especialmente em pacientes que possuem contra-indicações a altas intensidades de treinamento.

Porém, os protocolos que se utilizaram até hoje foram com oclusões locais, como demonstra a foto. O artigo citado, porém, se utiliza de forma sistêmica, ou seja, num ambiente onde a concentração de oxigênio no ar é menor (13% em vez de 20%). Embora inviável (pelo menos por enquanto) de ser realizado em academias, mostra-se uma alternativa pelo incômodo causado pelos torniquetes amarrados nos membros. Além do fato de corroborar com os resultados obtidos por inúmeras pesquisas sobre as vantagens de se provocar hipoxia no tecido muscular.

Quem sabe, num futuro não muito distante, possa haver centros de treinamento com salas onde a concentração de oxigênio do ar possa ser controlada...

Veja também o vídeo de treinamento com oclusão vascular localizada:




Referências


Kon, Michihiro; Ikeda, Tatsuaki; Homma, Toshiyuki; Akimoto, Takayuki; Suzuki, Yasuhiro; Kawahara, Takashi. Effects of Acute Hypoxia on Metabolic and Hormonal Responses to Resistance Exercise. Medicine & Science in Sports & Exercise: July 2010 - Volume 42 - Issue 7 - pp 1279-१२८५

Takarada Y, Sato Y, Ishii N। The effects of resistance exercise combined with vascular occlusion on muscle function in athletes. Eur J Appl Physiol. 2002 Feb;86(4):308-14.

sábado, 3 de abril de 2010

Menos cintura = mais saúde

Você que não está muito atento à sinhueta, é melhor prestar mais atenção. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, qunato maior o acúmulo de gordura abdominal, maior o risco de desenvolver doenças metabólicas, como diabetes, e cardíacas. Para homens, o ideal é manter a circunferência abdominal abaixo dos 90 cm e para mulheres, abaixo dos 80 cm.
Fique ligado! Não deixe instalar alguma doença de difícil tratamento e, consequentemente, administração de medicamentos para só então cuidar de sua saúde!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Treinar intenso é preciso?

Antes que eu me estenda muito, vou responder logo: SIM. E sobre intenso, não me refiro ao peso absoluto que você coloca em sua barra no supino reto, por exemplo. Porque você pode pensar, nunca vou treinar tão intenso quanto meu colega que coloca mais de 100 quilos no supino (!). Tem certeza? Caso ele faça 8 repetições, sendo que ele poderia fazer 12 até chegar o ponto de falha muscular concêntrica (quando não se pode mais levantar o peso com boa postura e técnica) e você, se fizer 10 repetições até o ponto de falha e não conseguir levantar mais o peso sem sacrificar a técnica, mesmo que seja com 5 quilos de cada lado da barra... quem teve a intensidade relativa maior? Você! Exatamente, porque exigiu o máximo do seu músculo, fez um esforço que seu organismo não está acostumado a realizar e, com isso, exigirá dele energia para recuperar o dano causado no músculo, originando a hipertrofia muscular.Não significa que as pessoas que não treinam até a fadiga não tenham bons resultados, porém nunca serão tão bons se elas exigissem o máximo do músculo. O corpo precisa entender que “a casa tremeu” para se adaptar e criar uma estrutura mais forte para outro eventual “terremoto”.
Uma das causas para o aumento da massa muscular são as respostas hormonais, ou seja, podemos criar um ambiente hormonal propício para o anabolismo muscular. E isso acontece, por exemplo, aumentando as concentrações de testosterona (um hormônio anabólico por excelência). Não estou falando de esteróides anabólicos sintéticos, mas de respostas hormonais que se sucedem após um treino de força. Sim, durante o exercício você está manipulando seus hormônios. Os catabólicos (cortisol, que depende muito também da duração da sessão, mas esse é outro assunto) e anabólicos (testosterona, hormônio do crescimento - Gh).
No trabalho de Izquierdo e colaboradores (2009), os grupos foram submetidos a treinos de força com cargas absolutas iguais e com cargas relativas iguais. É claro que a carga absoluta para alguns ficou mais leve em relação a outros do mesmo grupo. Por isso, houve um aumento maior nos hormônios anabólicos (testosterona livre e Gh, além de enzimas pró e antiinflamatórias) no grupo que treinou na mesma intensidade relativa (5 repetições máximas), sendo que o cortisol teve aumento igual em ambos os grupos. Com isso, a relação testosterona/cortisol foi a favor do grupo com cargas de intensidade relativa. E essas diferenças são, provavelmente, devido a resíduos metabólicos (o acúmulo de lactato, por exemplo) resultantes da demanda fisiológica a que o corpo foi submetido.
Já Drinkwater e colaboradores (2005) não mensuraram a resposta hormonal, porém verificaram as diferenças nos ganhos de força em atletas de elite júnior de basquete que treinavam até a exaustão ou não. Os resultados demonstraram maiores aumentos de força no grupo que realizou as repetições máximas. Um dos possíveis fatores para isso foi o maior recrutamente de unidades motoras nas séries realizadas até a falha. Ou seja, no início da série você vai recrutando aos poucos as fibras musculares para realizarem o esforço e, ao chegar em sua intensidade máxima, o cérebro tenta ativar o maior número de fibras possíveis na musculatura.
Para não me estender muito e tornar a leitura enfadonha, o seu resultado vai depender do seu esforço. Imponha desafios a você mesmo durante os treinos, se você consegue ir mais e exigir mais da sua musculatura, o faça. Não prejudicando a postura em razão disso, você terá apenas benefícios. E, mulheres, podem ficar tranqüilas, vocês não virarão culturistas por conta disso.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal e um Próspero 2010!!

Amigos, alunos, leitores e todos aqueles que de certa forma acreditaram e colaboraram com o meu trabalho, UM FELIZ NATAL E UM 2010 REPLETO DE FELICIDADES!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Treino de Pernas


Uma pequena parte do treino de pernas de minha aluna, Graciele Tombini. Realizamos aqui o que seria um exercício de passada, porém na máquina. Sempre procurando manter a postura, porém chegar até a falha concêntrica do movimento, evitando ao máximo "roubar" a repetição.

O vídeo foi filmado por mim, na academia Body One Club - Porto Alegre.

Canal no Youtube

Visite o canal no Youtube:

www.youtube.com/PersonalRafa


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Acompanhando o emagrecimento


Mais uma foto de meu aluno, que pesava 147 Kg e, nesse momento, está com 94 Kg. Nossa meta é chegar entre 80-85 Kg. Mais uma vez, parabéns pela disciplina na dieta e foco nos treinos!

Exercício Físico torna as placas de ateroma mais estáveis

O exercício físico é conhecido como um fator de redução da mortalidade por doenças cardíacas e isso inclui mortes por infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral, causadas geralmente por placas de ateroma que obstruem a luz dos vasos sanguíneos. A instabilidade das placas de ateroma pode fazer com que esta se rompa e cause algum acidente cardíaco. Por isso, muito se tem pesquisado sobre alternativas não cirúrgicas para regressão ou atenuação desse problema. Acredito muito que o exercício físico tenha um grande potencial em ser um coadjuvante no tratamento de enfermidades cardíacas, ainda mais depois de já ter trabalhado com populações portadoras de cardiopatias enquanto cursava minha graduação.

Exemplo de rompimento de uma placa aterosclerótica

Enfim, voltando ao assunto, na edição do mês de dezembro de um dos mais conceituados jornais científicos na área do exercício, o “Medicine and Science in Sports and Exercise”, foi publicado um trabalho com ratos que foram submetidos a 6 meses de treinamento aeróbico de natação (sim, os ratinhos eram colocados para nadar)। Nos resultados, foi demonstrado que, embora algumas proteínas inflamatórias não tenham sido modificadas, as placas de ateroma pareceram mais estáveis (com um declínio da atividade dos macrófagos e um aumento do relaxamento endotelial – principalmente devido à ação do óxido nítrico)।Para quem não entendeu ainda, é simples, os ratos apresentaram placas de ateroma mais estáveis, menos sujeitas a rompimento e, consequentemente, menos chances de algum evento cardíaco.


Por isso, de qualquer forma, mexam-se! Seja para evitar depósitos de gordura em seus vasos ou para diminuir as chances de algum ataque cardíaco.
Até a próxima!

PELLEGRIN, MAXIME; MIGUET-ALFONSI, CAROLE; BOUZOURENE, KARIMA; AUBERT, JEAN-FRANÇOIS; DECKERT, VALÉRIE; BERTHELOT, ALAIN; MAZZOLAI, LUCIA; LAURANT, PASCAL. Long-Term Exercise Stabilizes Atherosclerotic Plaque in ApoE Knockout Mice. Medicine & Science in Sports & Exercise: December 2009 - Volume 41 - Issue 12 - pp 2128-2135

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Esclarecendo alguns equívocos

O maior problema dos culturistas, sobretudo nos avançados, é a errada interpretação de alguns conceitos básicos do treinamento. Esta confusão se deve à falta de compreensão ou também completa ignorância sobre alguns princípios da fisiologia do exercício. Então para obter melhores resultados nos treinos, devemos estudar mais profundamente.
Uma vez feito isto, podemos estruturar nossa rotina de exercícios e fazê-la de forma mais eficiente.
Inúmeras pessoas entram dia após dia nos ginásios durante muitos meses, às vezes anos, sem poderem apreciar resultados importantes. A princípio, as melhoras aparecem, mas devido ao entusiasmo, pelo que observam em alguns artigos escritos em revistas pelo campeão da moda e, algumas vezes, pelos conselhos de um pseudo-instrutor, aumentam consideravelmente a quantidade de exercício e aí começam a manifestarem os problemas. Afinal, se três séries para um exercício proporcionavam certo resultado, por que seis séries não proporcionavam o dobro do resultado? Ou pode-se ouvir também: “estás treinando pouco, terás de aumentar as séries para, pelo menos, 20 em grupos musculares grandes e 10 para os pequenos!”. Alguns podem ter decido fazer uma rotina dividida em quatro dias e os resultados obtidos? Nenhum.
As únicas coisas que obtiveram foram dores articulares, musculares, insônia, falta de apetite e muitos outros males. Obviamente, pensa-se que essas dores são porque se está treinando bem.
Ainda seguindo sem resultados, o professor conclui que não se está treinando o suficiente, então aumenta os dias de treinamento para seis dias por semana, aumentando também as dores, falta de apetite, insônia e também as frequência cardíaca de repouso.
Ao consultar o professor, este diz que a culpa é da péssima genética.
Quando se faz uma série de doze repetições até o ponto de falha muscular, descansa e depois mais uma série até o ponto de falha, se consegue umas sete repetições. Na terceira série, a falha ocorre pela terceira repetição. Então, como algumas pessoas podem aumentar ainda mais o peso série após série?
Casey Viator, mais um culturista treinado por Arthur Jones nos moldes de seu método, "High intensity Training".


A resposta é simples, quando se treina com intensidade e cada série é lavada até o ponto de falha muscular, o músculo trabalhado chega ao total esgotamento, então todas as séries posteriores servem para diminuir a capacidade de recuperação, não somente do músculo, mas de todo o corpo.
Quando se pergunta a algum professor quantas séries devemos fazer para tal músculo, dá-se uma cifra, normalmente 20 e muitos vão a fazer as vinte séries por grupo muscular. Mas, por que 20?
Caso deseja-se colocar um quadro na parede, usa-se um martelo, não um canhão. Isso explica sucintamente o princípio de causa e efeito. O efeito do golpe de martelo ocorre da mesma maneira que o desenvolvimento muscular causado pelo treinamento com pesos. Contudo, quando não obtemos o efeito desejado e buscamos uma resposta, os que nos digam “eu creio que é assim”, não tem validade.
Crer em algo é uma questão relativa, como podemos crer em qualquer coisa, o aumento de massa muscular é uma resposta específica do corpo a um estímulo específico, quando não desenvolvemos é porque não estamos fazendo bem as coisas e não porque nosso corpo não está geneticamente capacitado para tal desenvolvimento.
Tudo isso tem uma resposta lógica e científica, o corpo humano tem uma capacidade de reserva limitada e, quando o trabalho que fazemos na sala de musculação ultrapassa essa capacidade, entramos em overtraining e isto é não treinar bem, já que não obtemos o efeito que buscamos de uma coisa que pensamos ser correta.
A realidade nos indica que o princípio de causa e efeito permanece inalterado; o overtraining é o efeito causado pelo excesso de treinamento e tomar consciência de que estamos cometendo um erro já é o passo em rumo a sua correção, assim podemos obter os resultados que esperamos.

Marago, Roberto
Heavy Duty, aplicación practica de la alta intensidad em el fisicoculturismo.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Agora, mais vídeo. Dessa vez, demonstrando um treino de força com oclusão vascular, utilizando, claro, os princípios do treino de força de alta intensidade (HIT). Utilizei uma técnica de pré-exaustão, onde fiz um exercício localizado para bíceps (rosca scott) seguida de uma roldana supinada. A idéia de não puxar totalmente na roldana supinada é ativar o menos possível a musculatura dorsal e concentrar o máximo possível no bíceps, mantendo-o sob tensão constante.
Confiram:


Filmagem: Prof. Eládio
Agradecimento: Body One Club
Abraço

Treino de força com Oclusão Vascular

Treino de força com Oclusão Vascular

Sabe-se que o treino de força é um dos meios para ativar fibras musculares brancas (tipo II), que possuem um maior potencial para hipertrofia (McDonagh et al., 1984). Porém, além das contrações concêntricas e isométricas, outra maneira de ativar essas fibras musculares é o processo isquêmico (Takarada et al., 2001). Ou seja, provocando no músculo um ambiente com restrição de circulação sanguínea e consequente baixa oferta de oxigênio.
Alguns estudos têm demonstrado que treino de força com oclusão vascular aumenta a resposta hormonal de hormônio do crescimento (Gh), além de aumentar a atividade elétrica dos músculos durante o exercício e as concentrações de lactato. No entanto, a oclusão vascular mostra-se útil apenas em cargas mais baixas (aproximadamente 50% 1RM – uma repetição máxima). Em cargas mais altas, como em 80% RM, parecem não haverem diferenças significativas com ou sem esse recurso. No que se refere a aumentos na massa muscular, cargas mais baixas com oclusão vascular (50% RM) resultam em hipertrofia muscular similar a cargas mais altas (80% RM) (Takarada et al., 2000).
Há algumas especulações sobre as causas dos efeitos da oclusão vascular no processo de hipertrofia. Uma delas é uma maior ativação das fibras do tipo II (com maior potencial hipertrófico), devido ao aumento das concentrações de lactato (que inibe a contração das fibras musculares, obrigando o corpo a recrutar mais fibras no mesmo nível de geração de força (Moritani et al, 1992)). Outro fator a se considerar é a resposta hormonal. Kraemer e colaboradores (1990) demonstraram que o exercício de alta intensidade em grandes grupamentos musculares aumenta os níveis de hormônio do crescimento por volta de 100 vezes em relação aos níveis basais. Especula-se que o acúmulo de subprodutos metabólicos estimule a secreção, na hipófise, de Gh. Utilizando oclusão vascular em baixa intensidade (20% RM), observou-se um aumento de 290 vezes nas concentrações plasmáticas de Gh.
A oclusão vascular provoca também aumento na produção de radicais livres, assim como aumento em algumas enzimas detoxicantes, como xantina oxidase, além de interleucinas (IL-6). Em alguns tecidos, como o cardíaco, pode provocar sérias lesões. Porém, como resposta ao treino de força, agindo de maneira localizada no músculo, contribui para o processo de hipertrofia (Hellsten et al, 1996).
Observa-se que os resultados com oclusão vascular parecem se evidenciar em cargas mais baixas, o que seria muito interessante em populações debilitadas ou com algumas limitações. Alguns estudos não demonstraram vantagens na utilização dessa técnica em cargas mais altas. Porém, mais estudos necessitam ser realizados focando outras variáveis, como produção de radicais livres, óxido nítrico; liberação de hormônio do crescimento, testosterona, entre outros, tanto em cargas altas como em cargas baixas. Pois, como descrito acima, esses fatores também contribuem para o processo de hipertrofia muscular.
Em cargas mais altas, a tensão muscular é em maior magnitude, sobremaneira quando se utiliza 100% de intensidade, ou seja, até a fadiga muscular, caracterizada pela incapacidade de realizar o movimento com técnica correta. Provocando oclusão vascular, o processo isquêmico pode se evidenciar ainda mais. Por isso, de preferência, deve certificar-se se a amostra realmente tenha alcançado a fadiga muscular. E esse é um de meus cuidados quando leio os resultados de algum artigo. Na prática, sempre observo algumas características que possam confirmar se meu aluno chegou a 100% de intensidade na série. E, para isso, deve-se prestar muita atenção, porque o aluno, muitas vezes, sempre tenta não chegar aos seus 100%. E isso é fisiológico e natural, afinal o corpo tenta se defender contra um estímulo que pode provocar algum estresse. Estresse esse, porém, que resulta em aumentos de força e hipertrofia musculares.



Referências:

Kraemer WJ, Marchitelli L, Gordon SE, Harman E, Dziados JE, Mello R, Frykman P, McCurry D, and Fleck SJ. Hormonal and growth factor responses to heavy resistance exercise protocols. J Appl Physiol 69: 1442–1450, 1990.

McDonagh, M. J. N., and C. T. M. Davies. Adaptive response of mammalian skeletal muscle to exercise with high loads. Eur. J. Appl. Physiol. 52: 139–155, 1984.

Moritani T, Michael-Sherman W, Shibata M, Matsumoto T, and Shinohara M. Oxygen availability and motor unit activity in humans. Eur J Appl Physiol 64: 552–556, 1992.

Takarada, Y.; Sato, Y.; Ishii, N. The effects of resistance exercise combined with
vascular occlusion on muscle function in athletes. Eur J Appl Physiol (2002) 86: 308–314

Takarada, Yudai, Haruo Takazawa, Yoshiaki Sato, Shigeo Takebayashi, Yasuhiro Tanaka, and Naokata Ishii. Effects of resistance exercise combined with moderate vascular occlusion on muscular function in humans. J Appl Physiol 88: 2097–2106, 2000.

Takarada Y, Nakamura Y, Aruga S, Onda T, Miyazaki S, and Ishii N. Rapid increase in plasma growth hormone after low-intensity resistance exercise with vascular occlusion. J Appl Physiol 88: 61–65, 2000.

Hellsten Y, Hansson H-A, Johnson L, Frandsen U, and Sjodin B. Increased expression of xanthine oxidase and insulinlike growth factor I (IGF-I) immunoreactivity in skeletal muscle after strenuous exercise in humans. Acta Physiol Scand 157: 191–197, 1996.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

"HIT is still the best way to train" - Dorian Yates

Apesar das diversas variações e adaptações (Heavy Duty, New HIT) da metodologia criada pelo inovador Arthur Jones, muitos treinadores utilizam a gênese e as bases do HIT (High intensity Training).
Nesse vídeo, por exemplo, o ex-culturista Dorian Yates reconhece, "HIT is still the best way to train".
Para as pessoas que simplesmente frequentam as academias para apenas erguer o máximo de peso possível, ou seja, somente levantar o peso do ponto A a um ponto B, sem se preocupar com o músculo em questão, eu realmente não recomendo. Porém, esse não é, nem nunca foi o objetivo principal de qualquer culturista e nem deveria ser de qualquer pessoa que queira aumentar a massa muscular; esse é o objetivo de basistas, levantadores de peso. Porém, aquele indivíduo que deseja sentir a musculatura fadigada, estressá-la e sentir que realmente trabalhou o músculo em questão depois do treino, experimente!




Dorian Yates

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Entre os 100 blogs da área da saúde - TOP BLOG

Olá, pessoal!
Gostaria muito de agradecer a todos os que votaram em meu blog durante essas semanas!
Conseguimos ficar entre os 100 melhores blogs da área da saúde, categoria profissional. Foi ótimo ter recebido recados das pessoas dizendo que haviam votado em mim. Portanto, parabéns a vocês, que são a causa da existência desse blog.
Obrigado pelo carinho
Aqui está a lista:
http://www.topblog.com.br/top.php?utm_source=EasyMailing&utm_medium=e-mail&utm_term=&utm_content=&utm_campaign=Padr%३ओ

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Resultados

Mais um resultado eficiente em um de meus alunos. O indivíduo está acima do peso e o objetivo principal no momento é a perda de peso. Os dados são referentes a um intervalo de aproximadamente 40 dias (antes > depois, nessa ordem).
Peso Corporal: 125 Kg > 115 Kg (diferença de 10 Kg)
Percentual de Gordura: 42,16% > 32,5% (diferença de 9,66%)
Percentual de Massa Magra: 57,84% > 67,5%
Peso de Gordura: 52,7 Kg > 37,37 Kg (diferença de 15,33 Kg)
Peso de Massa Magra: 72,3 Kg > 77,63 Kg (diferença de 5,33)

Podemos ver mais uma vez que o peso na balança não diz tudo sobre as mudanças na composição corporal. O indivíduo obteve uma perda de 10 Kg no peso corporal, o que já é um bom resultado em aproximadamente 40 dias. Porém, analisando a composição corporal, vemos que houve mais que isso, perdeu-se 15,33 Kg de gordura. Agora parem e pensem. Imaginem aproximadamente 15 Kg de azeite ou qualquer tipo de banha que se compra num supermercado. Bastante, não?
Meu objetivo ao realizar musculação com os alunos é, pelo menos manter ou termos o mínimo possível de perda em massa magra no processo de emagrecimento. Assim, evitamos a queda do metabolismo e a diminuição da eficácia da dieta, ou mesmo o aumento rebote do peso após o término da dieta de restrição calórica. Porém, a metodologia de treino HIT tem me mostrado resultados ainda melhores. Ou seja, muitos alunos demonstram um aumento da massa magra. E a diminuição da massa gorda e o aumento da massa magra, simultaneamente, provoca diminuições muito acentuadas no percentual de gordura.
Sempre digo que a metodologia HIT é bem intensa. São treinos curtos, porém com alta intensidade. Mas a dedicação dos alunos, aliada a uma boa dieta têm mostrado resultados muito interessantes.
Parabéns a meus alunos que se dedicam e me fazem ter muito orgulho da minha profissão!

terça-feira, 9 de junho de 2009

quarta-feira, 3 de junho de 2009

VOTEM EM MIM - MELHOR BLOG NA ÁREA DA SAÚDE

Olá a todos!
Dessa vez, o trabalho é com você, caro leitor. Estou concorrendo ao melhor blog sobre saúde, por isso, conto com seu voto!
Desde já agradeço!
Abraço

É só clicar na figura abaixo:


domingo, 24 de maio de 2009

Fator de Resistência Anaeróbica - RA


Olá a todos,
Desta vez estou aqui para discutir com vocês e também fazê-los pensar. Quem já frequenta ou frequentou uma academia já ouviu falar na tal zona de treino para hipertrofia. Bom, quem pretende iniciar numa academia já aviso que fatalmente irá ouvir no tal treino de adaptação para, depois, entrar na famigerada e sonhada "zona de hipertrofia".
Alguns professores vão com grande vontade fazer teste de carga máxima e calcular 75-80% da contração voluntária máxima (CVM – prefiro esse termo em relação à "repetição máxima" ou RM, porque simplesmente se for 1 RM, não houve repetição, houve um movimento completo). Então dirão ao aluno para realizar 6-12 repetições.
Ok, tudo certo para começar o trabalho. Pois então eu pergunto, o cliente está realizando a série até o ponto máximo de exaustão do músculo? Alguns vão dizer que não é necessário chegar a 100%, mas a 90% do máximo para estimular o crescimento muscular. Então você pode perguntar, como medir os 90% numa academia? Quando se chega a 100%, se tem certeza que chegamos a 100%!
Voltando ao assunto, não é na primeira repetição (momento em que a série é mais fácil) que se estimula o crescimento muscular. Mas na última repetição, quando se chega à fadiga muscular (mantendo postura correta) é sinalizado ao músculo que ele terá de se recuperar e, além disso, ficar mais "forte" para se proteger contra outra possível agressão, ou quebra da homeostase. Como então calcular uma carga e, após isso, estipular um número de repetições fechado?
Roberto Maragó, único pesquisador espanhol que defende o método de alta intensidade formulado por Arhur Jones, critica essa conduta. Arthur Jones, quando fazia seus experimentos no campo do exercício, observou o seguinte:
“Alguns indivíduos requerem exercício que envolva repetições muito altas... para eles, repetições entre médias e baixas tal como são realizadas pela maioria das pessoas provavelmente será um desperdício de tempo e produzirá pouco ou nada em termos do melhor benefício.
Tal exercício provavelmente não os prejudicará, mas também não os ajudará muito... eles estarão simplesmente desperdiçando o próprio tempo e esforço. Eles precisam de repetições muito altas.
Alguns outros indivíduos, literalmente, não podem tolerar exercícios de altas repetições... para eles, tal exercício será totalmente devastador; ao treinar com altas repetições, tais indivíduos rapidamente perderão força e tamanho muscular. Estes
indivíduos precisam de um estilo de treinamento que seria desprezível para muitas outras pessoas... mas um estilo que é uma exigência absoluta para eles."
A essas diferenças de tolerância ou resistência a atividades anaeróbicas foi dado um nome, o fator RA (Fator de Resistência Anaeróbica). Mesmo estudando durante décadas antes, foi apenas em 1986 que Arthur Jones percebeu a importância desse fator no que se refere aos ganhos de massa muscular. Porém, mesmo nas décadas anteriores, havia percebido diferenças no sistema nervoso no que se refere ao recrutamento de fibras musculares durante o exercício. Algumas pessoas poderiam recrutar uma porcentagem muito maior do número total de fibras musculares do que a média geral da população. Essas pessoas seriam, sem dúvida, muito fortes, com picos de força altos, mas não poderiam sustentar esse esforço por muito tempo, ou seja, possuíam pouca resistência anaeróbica.
Numa de suas experiências, publicadas no Boletim Nautilus, Arthur Jones mediu o nível de força máxima de alguns indivíduos e, logo depois do exercício, foram testados novamente, para observar o efeito agudo do exercício nos níveis de força. Em alguns indivíduos, o efeito foi uma perda por volta de 1%, noutra extremidade, a perda de força foi de 43,94%. Ou seja, o segundo indivíduo apresentou uma perda 40% maior de força em relação ao primeiro. Noutra investigação, Arthur Jones encontrou indivíduos que poderiam realizar apenas 3 repetições até o ponto de falha com 80% CVM num exercício de rosca bíceps, enquanto outro conseguia realizar 27 repetições nas mesmas condições!
Com essas discrepâncias, podemos ver que parece bem inapropriado colocar todas as pessoas, obrigatoriamente, numa faixa de repetições que, muitas vezes, pode ser inapropriada a elas para estimular de maneira ótima a hipertrofia muscular.
Nessas condições, o High Intensity Training (HIT) seleciona o tempo sub tensão muscular (e não um número mágico de repetições) específico para cada um, levando em consideração, inclusive, grupos musculares individuais. Algumas vezes, na mesma pessoa, pode haver diferenças nas fibras entre os grupos musculares.
O fato de trabalhar apenas com a “receita de bolo” do número de repetições entre 6-12 pode, além de errar a carga imposta, aplicar o tempo sob tensão inadequado para o tipo de fibra muscular (veja que o importante é o tempo sob tensão – TST -, pois uma pessoa que realiza 10 repetições de forma muito rápida pode realizar um TST menor em relação a outra que realiza a série mais lentamente e realiza 6 repetições). Utilizando a porcentagem em relação à CVM e realizar a série numa faixa restrita de repetições, pode também não estar realizando a série de modo que esteja estimulando, de fato, a hipertrofia do músculo, trabalhando num TST longe de chegar à fadiga muscular.

terça-feira, 28 de abril de 2009

O Segredo Insuspeito de Arthur Jones

Como Somar Tamanho a Seus Braços - Rápido!
O Segredo Insuspeito de Arthur Jonespor Ellington Darden, Ph.D.
Este artigo envolve uma intrigante promessa que Arthur Jones emitiu na revista IronMan no início dos anos 1970।
"De apenas um treinamento", anunciou Arthur Jones, "eu porei meia polegada (1,27 cm) de tamanho muscular permanente na porção superior de cada um de seus braços!"
Arthur Jones, criador da metodologia HIT
A promessa de Jones foi feita a culturistas avançados que eram os leitores da IroMan. Estes homens fariam praticamente qualquer coisa para somar uma fração de uma polegada a seus bíceps e tríceps! Além disso, Jones apoiou sua declaração com uma garantia notável:
"Se você não acrescentar meia polegada de músculo sólido em seus braços, eu pagarei suas despesas de ida e volta até a Flórida".
Como você pode imaginar, muitos culturistas fizeram a jornada até DeLand, Flórida, no início dos anos 70. Eu testemunhei Jones colocar dúzias de homens nos treinamentos dele. E louco, como todo este desafio parecia, ele, na verdade, foi bem sucedido em sua promessa. Eu nunca vi quaisquer destes homens pedirem que suas despesas fossem reembolsadas.
Rapidamente?! Meia polegada a mais de músculo em cada braço?! Qual era o segredo de Jones?! Como ele poderia estimular crescimento tão rapidamente?!
O segredo para tal crescimento era totalmente insuspeito para a maioria dos culturistas.
A Fórmula de Jones
Aqui está a fórmula que Arthur Jones inventou:
Jones receberia o culturista em sua chegada ao aeroporto, rodoviária, ou algum restaurante local. Quase imediatamente, ele apanharia sua fita e mediria a porção superior dos braços superiores dos praticantes - logo de cara, frio, e sem estar inchado - e registraria isto adequadamente em sua caderneta amarela, junto com o nome do sujeito, idade, e data. Arthur era um guardião vigilante de anotações. Então, durante uma refeição farta e tranquila, eles conversariam com Jones sobre sua filosofia de treinamento mais duro, porém mais breve.
Depois de uma hora de conversa, Jones autorizaria a hospedagem do visitante no Daytona Beach Motel, onde conforme instruções, ele passaria os próximos três dias e noites dormindo e descansando. Invariavelmente, o fisiculturista perguntaria, "Mas e quanto ao meu treinamento?"
Jones já sabia pela conversa durante o jantar que o culturista estava em um estado de overtraining – como a maioria estava então, e está agora – assim seria countraprodutivo exercitar o indivíduo imediatamente naquela condição. O que ele precisava desesperadamente era repouso, relaxamento, e sono – o bastante de todos os três – e nada de treinamento.
Sim, o praticante poderia desfrutar da praia, do sol, das ondas e do ar fresco. Mas não, absolutamente não, nenhum exercício de qualquer tipo. E Jones fazia o sujeito lhe dar a palavra quanto a isto.
Na tarde do quarto dia, Arthur encontraria o culturista no ginásio da cabana Quonset, atrás da escola secundária de DeLand. Era ali onde Jones alojava seus primeiros equipamentos Nautilus.
Fale-me sobre ser entusiástico, o sujeito normalmente estaria praticamente selvagem. Depois de treinar diariamente, freqüentemente duas vezes por dia, durante anos, o corpo simplesmente sente-se ótimo depois de três dias de repouso.
Antes do treinamento, porém, Jones mediria novamente os braços do praticante. Com a maioria dos culturistas, seus braços já estariam 1 cm maiores. Isso é certo, 1 cm maiores sem nenhum exercício – apenas devido o repouso e o sono.
Três dias e noites de repouso e sono forçado . . . esse era o segredo insuspeito de Jones para o crescimento rápido.
Assim, se você mesmo que remotamente pensa que você poderia estar em um estado de overtraining, obrigue-se a si mesmo a tirar três ou quatro dias de exclusão de qualquer coisa relacionada aos exercícios. Confirme duplamente sua capacidade recuperativa comparando precisamente suas medidas de antes-e-depois – com três dias de intervalo – da porção superior de seus braços flexionados.
Um leve aumento no tamanho dos braços é uma indicação clara de que você está treinando muito e está tendo falta de sono.
O Treinamento
O treinamento nunca consistia em mais que 10 exercícios. Normalmente havia dois exercícios para as pernas, dois para o tronco, e o resto era dedicado aos braços.
Por exemplo:
▪ Máquina de extensão de perna
▪ Máquina de flexão de perna
▪ Máquina Nautilus de pulôver
▪ Máquina Nautilus de remada
▪ Rosca direta com barra*, imediatamente seguida pela máquina Nautilus para bíceps, imediatamente seguida por puxada na polia alta.
▪ Desenvolvimento supino com barra*, imediatamente seguido pela máquina Nautilus para tríceps, imediatamente seguida por, mergulho em barras paralelas.
* Nada de descanso entre os exercícios 5, 6 e 7. . . e 8, 9 e 10.
Apenas uma série de aproximadamente 8 a 12 repetições era executada, mas cada exercício era levado ao fracasso absoluto. Era colocada atenção particular na posição contraída dos bíceps e nos exercícios de tríceps. É impossível descrever o tipo de fracasso que Arthur Jones obtinha das pessoas, exceto por simplesmente dizer: Era extremo!
Muitos dos culturistas vomitariam depois dos três primeiros exercícios. Tudo eles precisavam. Todos eles tiravam um longo descanso, deitados sobre suas costas ou suas barrigas, depois do treinamento. Ninguém alguma vez pediu uma segunda série de qualquer exercício.
Uma hora depois do treinamento, e depois de outra refeição, Jones estava de volta a explicar sua nova filosofia de treinamento. Era surpreendente o quanto mais receptivos e questionadores os culturistas ficavam então. Uma hora ou duas depois, e era hora de retornar ao motel para o sono da próxima noite.
O Resultado
Jones chegaria ao motel bem cedo na manhã seguinte (no quinto dia) para as medidas climáticas e comparação das anotações da caderneta amarela.
Em cada mensuração que eu testemunhei eu sempre ouvia que houvera um aumento de pelo menos 1,27 cm na porção superior de cada braço. Alguns ganharam 1,6 cm ou mais.
Apenas dois sujeitos estiveram perto de falhar. Eles registraram um aumento de 1,1 cm em cada braço, mas depois de uma noite de sono a mais noite, eles alcançavam outro 0,3 cm.
Conselho saliente
Eu aprendi coisas muito importantes sobre o treinamento de força e o bodybuilding por estar associado a Arthur Jones durante 35 anos. Mas nada do que eu aprendi tem mais saliência do que a importância do repouso e do sono na construção de músculos maiores e mais fortes. Isto era especialmente verdade para os bíceps e tríceps.
Eu também li muitos artigos e livros sobre repouso e sono como um complemento às convicções de Jones. Eu estou convencido de que você obterá melhores resultados do seu treinamento de alta intensidade se você aplicar as seguintes diretrizes:
▪ Tenha 10 horas de sono em cada noite se você for um adolescente.
▪ Tenha 9 horas de sono em cada noite se você for um adulto.
▪ Programe um cochilo de 15 minutos em cada dia, se possível.
▪ Faça menos exercício, não mais - caso em dúvida sobre a extensão de suas rotinas.
▪ Limite qualquer tipo de atividade vigorosa em seus dias de descanso.
▪ Mantenha registros precisos das medidas, treinamentos, e horários de sono e de repouso.
▪ Tire uma folga de nove dias após cada período de seis meses de treinamento contínuo.
Conclusão
Se você descansar e dormir abundantemente, seus músculos o recompensarão bem। Incorpore hoje em seu treinamento o segredo insuspeito de Arthur Jones.



Prof. Rafael Augusto:

Acho muito interessante esse artigo, não só pela metologia de treinamento empregada por Arthur Jones, de resultados muito interessantes, onde a intensidade (série executada até a falha muscular momentânea)é o ponto chave. Mas também pelo fato de mostrar que muitas pessoas estão com seus resultados estagnados por apresentarem algum grau (mesmo que pequeno) de overtraining, ou seja, não se está dando a recuperação adequada para o organismo se recuperar do estresse imposto pelo exercício físico. Isso é evidente quando se pergunta sobre as horas de sono das pessoas, sobre o volume e a frequência de treinamento. Muitos alunos de academias ficam durante horas fazendo musculação, depois seguem mais duas ou três aulas dos empacotados "Body etc" (risos). Observem quantas dessas pessoas possuem o corpo que você gostaria de ter. Excluindo, claro, os que utilizam esteróides anabolizantes, visto que esses melhoram a recuperação muscular.
Enfim, treine, treine intensamente, mas lembre que o volume é inversamente proporcional à intensidade. Então, se você faz um treino muito longo, é porque a intensidade não está alta suficiente.