Um estudo interessante sobre recuperação ativa foi publicado
recentemente (novembro) no International Journal of Sports Medicine. Wahl e
cols analisaram o efeito do exercício em cicloergômetro (bicicleta) nos
intervalos entre os exercícios de musculação. Vale ressaltar que não foi um
treino em circuito como conhecemos, onde os exercícios são realizados
consecutivamente, quase sem intervalo, com o intuito de manter a Frequência
Cardíaca sempre elevada.
Diversos marcadores de estimulo aumentado para síntese
protéica foram maiores no grupo que realizou o intervalo ativo, como hormônio
do crescimento, fatores miogênicos, testosterona e cortisol. Alguém pode
contestar que a testosterona aumentou, mas o cortisol também. Primeiramente,
durante o exercício, é normal o cortisol aumentar. Ele apenas não pode
ultrapassar de forma significativa a testosterona. No caso do estudo, a taxa
testosterona/cortisol aumentou no grupo que realizou o intervalo ativo. Ou
seja, o aumento da testosterona compensou em maior magnitude o aumento do
cortisol.
São necessários mais estudos com esse modelo de treinamento
para verificarmos se uma corrida, por exemplo, com maior componente excêntrico,
teria os mesmos resultados com relação ao anabolismo muscular encontrados com o
cicloergômetro.
Referência
Wahl P,
Mathes S, Achtzehn S, Bloch W, Mester J. Active vs. Passive Recovery During
High-intensity Training Influences Hormonal Response. Int J Sports Med. 2013
Nov 20. [Epub ahead of print]
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