quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Dia mundial de luta contra a Aids: Aplicação terapêutica da suplementação
Muito já se falou das propriedades da proteína do soro do leite nos ganhos de massa muscular e até na prevenção de doenças degenerativas cerebrais. Porém, nesse dia 1º de dezembro, vou me centrar num assunto que poucas pessoas se dedicam. Por ser hoje o Dia Mundial de Luta contra a AIDS, vou focar nos benefícios terapêuticos do whey para essa população.
A proteína do soro do leite (PSL), por possuir níveis consideráveis do aminoácido cistina se comparado a outras formas de proteína, pode atuar como um nutriente imunomodulador. Isso porque esse aminoácido fornece, após sua digestão, a formação ideal para a sequência glutamim-cistina, que é fundamental para a síntese de glutationa (Wu e colaboradores, 2004).
A glutationa atua de forma importante nos efeitos nocivos gerados por compostos estranhos, fazendo uma “varredura” nos radicais livres, além de estimular linfócitos que, por sua vez, irão gerar imunoglobulinas (Wu e colaboradores, 2004). Por exemplo, no estudo de Moreno e colaboradores (2006), observou-se um aumento na quantidade de eritrócitos e as taxas dos linfócitos CD4/CD8 se estabilizaram, diminuindo a ocorrência de infecções em crianças soropositivas com rápida progressão na infecção pelo vírus.
No estudo de Micke e colaboradores (2002) 30 pacientes utilizaram 45 gramas de whey protein durante duas semanas e 18 pacientes utilizaram durante 6 meses. Já nas primeiras duas semanas, os níveis de glutationa aumentaram e se mantiveram ainda maiores no sexto mês.
Os aumentos na massa corporal magra por si só já se tornariam um fator importante na suplementação de whey protein, quando aliada a um treino de força em pacientes soropositivos. Isso se torna evidente principalmente naqueles com grande perda de massa muscular e/ou com lipodistrofias causadas pela medicação. Porém, como visto, os benefícios também ocorrem no sistema imunológico, tornando a proteína do soro do leite não apenas um composto utilizado como suplemento, mas também como alimento.
Referências:
Micke P, Beeh KM, Buhl R. Effects of long-term supplementation with whey proteins on plasma glutathione levels of HIV-infected patients. Eur J Nutr. 2002 Feb;41(1):12-8.
Moreno YF, Sgarbieri VC, da Silva MN, Toro AA, Vilela MM. Features of whey protein concentrate supplementation in children with rapidly progressive HIV infection. J Trop Pediatr. 2006 Feb;52(1):34-8. Epub 2005 Jul 13.
WU, G. et al. Glutathione metabolism and its implications for health. Journal of Nutrition, v. 134, n.1, p. 489-492. 2004.
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terça-feira, 25 de novembro de 2014
Variável de intensidade para platô no treino
Muitas pessoas que praticam treinamento de força (musculação) por algum tempo podem encontrar alguns "platôs", de onde não conseguem obter ganhos adicionais. Suas adaptações neurais e morfológicas estariam altamente desenvolvidas para seu padrão e, assim, o nível de adaptação aos estímulos é baixo (Fleck & kraemer, 2006). Há também aquelas pessoas que estão iniciando no treinamento e, apesar dos ganhos de força iniciais (que chegam a ser enormes, como 50% ou mais), não observam grandes ganhos de massa magra. Nesse último grupo é importante ressaltar que as adaptações iniciais se devem, principalmente, às neurais (recrutamento de unidades motoras, frequência de disparo de impulsos elétricos etc). Entre as 4-6 primeiras semanas de treinamento, os aumentos de força pouco se devem a hipertrofia muscular (adaptação morfológica). Após esse período, as adaptações morfológicas tendem a aumentarem e as neurais, diminuírem (Barroso e colaboradores, 2005).
English e colaboradores (2014) utilizaram uma variável de alta intensidade para verificar se ela alteraria, de alguma forma, as adaptações iniciais. Eles analisaram o efeito de diferentes níveis de contração excêntrica nas adaptações neurais e morfológicas em indivíduos nas fases iniciais do treinamento de força. Todos os grupos tiveram a carga na fase concêntrica constante, porém foram divididos, conforme a carga na contração excêntrica em 0% de 1 repetição máxima (1 RM); 33% 1Rm, 66% 1 RM, 100% 1RM e 138% 1 RM.
O aumento de força no teste de 1RM foi igual nos grupos de 100% e 138%, que, por sua vez, foi maior que o restante dos grupos. A massa muscular aumentou somente no grupo de 138%.
Com isso, observamos que, se o objetivo for apenas aumento dos níveis de força, não haveria vantagens em se utilizar acima de 100% 1Rm na fase excêntrica do movimento. Porém, utilizar essa variável de alta intensidade para aumentos de massa magra, parece ser uma boa conduta. Há bastante tempo, culturistas profissionais utilizam essa técnica para quebrarem algum platô. De qualquer maneira, ela não pode ser feita sem periodização e planejamento. Variáveis de alta intensidade utilizadas indiscriminadamente pode levar o organismo a overtraining e causando o efeito contrário, perda de massa muscular. Por isso, consulte sempre um profissional.
Bons Treinos!
Referências
Barroso, R.; Tricoli, V.; Ugrinowitsh, C. Adaptações neurais e morfológicas ao treinamento de força com ações excêntricas. R. bras. Ci e Mov. 2005; 13(2): 111-122.
English KL1, Loehr JA, Lee SM, Smith SM. Early-phase musculoskeletal adaptations to different levels of eccentric resistance after 8 weeks of lower body training. Eur J Appl Physiol. 2014 Nov;114(11):2263-80. doi: 10.1007/s00421-014-2951-5. Epub 2014 Jul 22.
Fleck, S.; Kraemer, W. J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 3º ed. Porto Alegre – RS, Artes Médicas, 2006.
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sexta-feira, 21 de novembro de 2014
Pão de queijo FIT
Ingredientes
100 g de batata doce cozida
2 ovos
2 claras
50 mL de água
150 g de ricota
Sal a gosto
200 g de polvilho azedo
1 colher de sopa de fermento em pó
1 colher de sopa de semente de chia
50 g de queijo parmesão ou ralado (opcional)
Modo de preparo
Bata no liquidificador a batata doce, ovos, claras, água, ricota e sal. Quando a massa adquirir uma consistência cremosa, adicione outros ingredientes e bata até a mistura ficar homogênea. Separe a massa em bolinhas do tamanho de sua preferência (ou em forminhas, como eu fiz) e distribua em uma assadeira untada. Leve para assar em forno pré-aquecido por aproximadamente 30 minutos ou até dourarem. Verifique se dentro não ficou muito mole.
Lembre-se que, devido ao fermente, os pães crescem. Então deixem um espaço entre eles na forma e, nas forminhas, não as encha totalmente.
Dica: como comprei uma peça de ricota, usei o resto para fazer um creme de ricota. É simples, apenas bata no processador ou no liquidificador, coloque sal a gosto ou outro tempero de sua preferência (eu usei pimenta, orégano, azeitonas e um pouco de curry) e bata até adquirir uma consistência cremosa. Fica simplesmente perfeito quando se faz os pãezinhos nas forminhas e coloca o creme de ricota por cima.
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