quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Vantagens de se treinar pernas


Uma das maiores reclamações, principalmente de homens quando se está treinando é a dificuldade de treinar membros inferiores. Concordo plenamente que é o treino mais árduo quando se treina em alta intensidade. Você sai completamente exaurido.
Porém, podemos obter diversos benefícios, inclusive para outras partes do corpo. Vamos lá então:
- Como comentei, é o treino mais árduo e cansativo. Logo, depois desse estresse, o corpo necessita de energia para recuperação muscular. Por isso, para quem quer emagrecer, é um dos melhores treinos, devido à aceleração do metabolismo. Ou seja, você queima mais calorias após o treino.
- Engana-se quem acha que membros inferiores bem desenhados não chamam atenção. Além disso, proporcionalidade é algo muito bem-vindo num físico de qualidade.
- Para quem possui tendência a varizes ou passa muito tempo na mesma posição (de pé ou sentado): treino de membros inferiores é uma das melhores maneiras de tornar o retorno venoso mais eficiente.
- E, por fim, para aumento de massa muscular e não somente de membros inferiores. Isso mesmo! Geralmente os exercícios de membros inferiores são um dos que possuem maiores respostas hormonais anabólicas. Os hormônios são liberados na corrente sanguínea e possuem ação sistêmica. Há um efeito indireto sobre os outros músculos do corpo, afinal, se você consegue agachar com um bom peso, seu corpo deve se adaptar para tal.. Como dizia Arthur Jones, criador do método de alta intensidade (HIT): se quiseres ser forte, treine pernas!
Então, pessoal! Dediquem-se da mesma maneira com que fazem peitos ou bíceps nos treinos de pernas e verão boas diferenças.

Mike Mentzer, culturista treinado por Arthur Jones, realizando agachamaneto.


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Doenças cardiovasculares e treinamento de força - artigo recente



Atualmente, utiliza-se um marcador fisiológico conhecido por “marcador antinflamatório” para diagnóstico, verificação do estágio, assim como prevenção de eventos cardiovasculares.

Devido à incidência crescente de doenças cardiovasculares na população, intervenções diversas têm sido estudadas, dentre elas, claro, o exercício. Enquadra-se nessas intervenções também o treinamento resistido, conhecido popularmente por musculação.
Um recente estudo, conduzido por Ogawa e colaboradores (2010), avaliaram 21 mulheres idosas submetidas a 12 semanas de treinamento de força. Verificou-se um aumento da massa magra, o que contribui para a qualidade de vida e independência dessa população. Além disso, diversos marcadores inflamatórios foram reduzidos, como proteína reativa-C, além de uma redução dos níveis de insulina (interessante na prevenção de diabetes, refletindo uma maior sensibilidade à insulina na amostra).
Com isso, observa-se cada vez mais motivos de incentivar a população idosa a praticar exercícios resistidos.
Bons treinos!
Referência:
Ogawa K, Sanada K, Machida S, Okutsu M, Suzuki K.
Resistance exercise training-induced muscle hypertrophy was associated with reduction of inflammatory markers in elderly women.
Mediators Inflamm. 2010;2010:171023. Epub 2010 Dec 28.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Exercício Físico e Imunidade

Um recente estudo no Medicine and Science in Sports and Exercise demonstrou, em ratos, que o exercício físico aumenta a resposta do sistema imunológico. Verificou-se maior expressão de macrófagos e aceleração de lipopolisacarídeos.



CHEN, MEI-FENG; CHEN, HSIUN-ING; JEN, CHAUYING J.1. Exercise Training Upregulates Macrophage MKP-1 and Affects Immune Responses in Mice. Medicine & Science in Sports & Exercise:
December 2010 - Volume 42 - Issue 12 - pp 2173-2179

Carboidratos processados e açúcares refinados podem agredir mais o coração do que as gorduras saturadas


Estudos sugerem que os carboidratos processados e açúcares refinados como os encontrados em alguns cereais, pães, massas e biscoitos, os quais muitos americanos comem hoje em dia no lugar das gorduras saturadas, podem aumentar o risco de obesidade, diabetes mellitus e de doenças cardíacas mais do que a ingestão de gorduras saturadas.
Este achado que tem implicações sérias para os novos guias alimentares aguardados para este ano nos Estados Unidos.
Em março, o American Journal of Clinical Nutrition publicou uma meta-análise, ou seja, a análise dos resultados de um conjunto de estudos, que relacionou os hábitos alimentares de aproximadamente 350 mil pessoas e o risco de desenvolver doenças cardiovasculares durante um período de 5 a 23 anos.Os pequisadores não encontraram associações entre a quantidade de gorduras saturadas consumidas e o risco de doenças cardiovasculares.
Um outro estudo, publicado na conceituada revista New England Journal of Medicine, que acompanhou 322 obesos por dois anos quando eles adotaram uma das três dietas: dieta de baixo consumo de gorduras - dieta de restrição calórica baseada no guia alimentar da American Heart Association; dieta Mediterrânea - dieta de restrição calórica rica em vegetais e pobre em carnes vermelhas; dieta com baixo consumo de carboidratos, sem restrição calórica. Embora os que fizeram a dieta com baixo consumo de carboidratos tenham comido mais gorduras saturadas, eles terminaram o estudo com os níveis mais saudáveis de HDL e LDL colesterol, colesterol "bom" e "ruim", respectivamente.Além disso, perderam duas vezes mais peso do que os que ingeriram pouca gordura saturada.
Os pesquisadores não estão preconizando que as pessoas devem começar a ingerir gorduras saturadas encontradas em produtos de origem animal e em alguns óleos vegetais (leite integral, creme de leite, nata, manteiga, queijos feitos com leite integral, gema do ovo, carnes em geral, embutidos e azeite de dendê) em qualquer quantidade. O que está sendo mostrado é que as gorduras saturadas podem ser neutras, comparadas aos efeitos dos carboidratos processados e açúcares refinados. Substituir gorduras saturadas por carboidratos de alto índice glicêmico, ou seja, que podem aumentar significativamente as taxas de açúcar no sangue, pode não só não trazer benefícios, como, pelo contrário, causar danos ao organismo.
Fonte: portaldocoração.com.br - Scientific American.